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18.11.08

Canção universal

Submerso
No longo sonho habitual
Penso subitamente
Que o inverso do visível
E tudo o que há
No longínquo horizonte da mente
Foi sempre o que tornou a vida
Deliciosamente imprevisível...

A longa teia que interliga
Todo ser
E toda semente de luz
Numa canção magistral

O sublime verso
Que ecoa
Do universo
Ao universal

raph'08

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6.11.08

Akiane

Amor

O amor nunca está só
O amor está sempre acompanhado
O amor é o eu compartilhado

Nós não podemos possuir nosso amor
Nós não podemos ensinar nosso amor

O maior suspiro de amor
é o caminho mais curto para os céus

A vida mais profunda é o amor
O amor mais profundo é um abraço

O amor não é descanso
O amor é paz
O amor é o sentido

Akiane Kramarik (escrito aos 11 anos de idade), tradução de Rafael Arrais.

*

Love

Love is never alone
Love is always crowded
Love is the shared self

We cannot own our love
And we cannot teach our love

The longest breath of love
is the shortest distance to heaven

The deepest life is love
The deepest love is an embrace

Love is not rest
Love is peace
Love is the purpose

Akiane Kramarik, age 11

*

Não nos lembramos mais de como era do outro lado do véu, mas por vezes nos enviam alguém que ainda se lembra. Literalmente, graças a Deus...

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1.11.08

Você e o copo (I)

Está interessado em uma experiência existencial interessante? Bem, basta não ler se não estiver.

Pegue um copo, pode ser qualquer tipo de copo, e coloque em cima de uma mesa a no máximo um metro de distância. Certifique-se que está em um ambiente iluminado, seja pela luz do sol ou pela luz "artificial" de uma lâmpada, por exemplo; Depois sente-se em uma cadeira e observe atentamente o copo por alguns momentos...

Agora me permita fazer algumas perguntas, e lhe trarei as respostas ao final. Portanto, não as leia se ainda estiver pensando na resposta:

1. O copo é real?

2. O copo é visível oi invisível?

3. De que forma você vê o copo?

 

 

 

Bem, vamos as respostas:

1. Sem dúvida, tudo o que é percebido faz parte da realidade.

2. Absolutamente invisível, assim como qualquer outro objeto ou ser que não emite luz.

3. Nosso orgão de visão consegue perceber o copo pelas partículas de luz que interagem com ele (no caso, refletem-se, já que ele não emite luz) e nos alcançam. Não vemos o copo diretamente, portanto, vemos a luz que interagiu com ele.
A luz na forma como a conhecemos é uma gama de comprimentos de onda a que o olho humano é sensível. Trata-se de uma radiação eletromagnética pulsante ou num sentido mais geral, qualquer radiação eletromagnética que se situa entre as radiações infravermelhas e as radiações ultravioletas.
Porisso, quando olhamos o céu a noite, estamos vendo o passado, a luz que veio de algum lugar muito distante para nos trazer informações visuais. Decerto se alguém observou algum copo parecido a bilhões de anos, alguma partícula de luz refletida na experiência pode estar passando pelas imediações de nosso sistema solar nesse exato momento.

Nessa experiência percebemos que a matéria, por mais sólida que seja, é absolutamente invisível como este copo que observamos. Nós só vemos "as coisas ao redor" porque elas interagem com a luz, pois tudo o que vemos são partículas de luz (fótons).

Segundo a teoria da Matéria Escura, a matéria convencional, essa que forma "as coisas ao redor", corresponderia a míseros 4% da matéria do Universo... Portanto, podemos ser perfeitamente materialistas, contanto que percebamos o "quão pequeno" é esse mundo da matéria, e o quanto falta ainda para o homem descobrir, detectar, e desvendar.

Na próxima experiência com o copo, iremos avaliar se a matéria (ou o copo) é tangível e paupável. Até lá.

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