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1.7.11

Sabe com quem você está falando?

Em meu terceiro post como colunista do Portal Teoria da Conspiração, trouxe a seguinte reflexão (baseada, por sua vez, na filosofia de Epicuro e Alain de Botton):

Quaisquer que sejam as diferenças entre as pessoas e seus desejos e angústias, elas não são nada perto das diferenças entre os seres humanos mais poderosos e os grandes desertos, as altas montanhas, geleiras e oceanos, a luz das estrelas. Existem fenômenos naturais tão grandes que tornam as variações entre duas pessoas quaisquer ridiculamente pequenas. Ao passar um tempo em amplos espaços, a consciência de nossa própria insignificância na hierarquia social pode se transformar na consciência reconfortante da insignificância de todos os seres humanos no Cosmos.

Podemos superar o sentimento de que somos insignificantes não nos tornando mais importantes ou desejando fama, poder ou status, mas reconhecendo a insignificância relativa de todos. Nossa preocupação com quem é alguns milímetros mais alto do que nós pode dar lugar a uma reverência a coisas infinitamente maiores que nós, uma força que podemos ser levados a chamar de natureza, vida, infinito, eternidade – ou simplesmente Deus.

Pois bem, neste vídeo com o trecho de uma de suas palestras, o filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella nos traz uma aplicação mais "prática" desse tipo de reflexão:

"Quem sou eu para achar que o único modo de fazer as coisas é como eu faço? Quem sou eu para achar que a única cor de pele adequada é a que eu tenho? Quem sou eu para achar que o único lugar bom para nascer é onde eu nasci? Quem sou eu para achar que o único sotaque correto é o que eu uso? Quem sou eu para achar que a única religião certa é a que eu pratico? Quem sou eu? Quem és tu? Tu és o vice-treco do sub-troço." (Cortella)

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