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13.1.18

Papo na Encruza: fui convidado para falar de Tarot

O Papo na Encruza é um podcast apresentado pelo pessoal do blog Perdido em Pensamentos: Douglas Rainho, Luiz Guenca, Roe Mesquista e Luciana Fidelis. Nele eles tratam quinzenalmente de diversos assuntos ligados a espiritualidade em geral, com foco em Umbanda e Magia.

Por exemplo, eles já falaram de Yeshuah, uma das maiores HQs de todos os tempos, diretamente com o seu autor, Laudo Ferreira; também já fizeram um excelente podcast com o Léo Lousada do canal Conhecimentos da Humanidade no YouTube, quando falaram de Kabbalah e Árvore da Vida. Desta vez, no entanto, o tema foi o Tarot:

O primeiro programa de 2018 está muito especial! Estamos falando sobre um dos mais populares oráculos e também uma das mais populares ferramentas de magia, o Tarot. Para não falarmos só bobagens chamamos dois especialistas, Raph Arrais, poeta, filósofo, tradutor e criador do blog Textos para Reflexão e a Professora Ediléia Diniz, Mestra em Ciências da Religião, Oraculista e professora de teologia e de tarô.

Este episódio foi transmitido no dia 12 de Janeiro de 2018, às 21 horas. Ouça o episódio gravado aqui:

Observações

1. Sobre o Tarot da Reflexão
Para quem não sabe, o Roe Mesquita é o ilustrador e criador, junto comigo, do Tarot da Reflexão. Durante diversos trechos do podcast falamos mais sobre como começou o projeto, e como está o andamento.

2. Sobre eu ser um "especialista em Tarot"
Quando vi que estavam me considerando um "especialista" em Tarot, escrevi este texto abaixo como um guia para tentar falar durante o podcast. Se você já ouviu ele inteiro deve ter percebido que não falei tudo, mas consegui falar boa parte do conteúdo:

Bem eu devo dizer que não sou nenhum especialista em Tarot, mas também nem sei se alguém é.

Tem gente, como o Constantino Riemma, autor do site Clube do Tarô, que é sem sombra de dúvida uma verdadeira autoridade mundial em história do Tarot.

Tem também gente como meu amigo Marcelo Del Debbio, que é uma das pessoas que mais entende da relação dos diversos baralhos de Tarot com as diversas ordens iniciáticas e com a Kabbalah Judaica e a Árvore da Vida. Quer dizer: faz essa mistureba toda e consegue trazer um resultado coerente.

Tem gente, como o Frater Goya, que é também uma autoridade imensa no Tarot do Aleister Crowley (Tarot de Thoth), na sua simbologia, como foi criado e tal...

Mas, assim, será que existe mesmo especialista em Tarot? Será que podemos fazer uma tese de mestrado ou doutorado em Tarot?

Eu vejo o Tarot muito como vejo a poesia. Tem um novelista inglês chamado John Galsworthy que um dia escreveu uma coisa eu que achei belíssima, e nunca mais esqueci. Ele disse que “as palavras são como cascas de sentimento”.

O que funciona na poesia é que, de algum jeito maluco, ela consegue trazer um sentimento embutido nas palavras. E isso já é meio que um milagre, se a gente for ver, porque é muito difícil descrever um sentimento. Dizer como exatamente amamos ou sentimos tristeza ou angústia e tal...

E o Tarot faz isso não com palavras, mas com imagens. E não com sentimentos, mas com arquétipos, com os grandes símbolos da humanidade, a Jornada do Herói de Campbell, as esferas da Árvore da Vida, os deuses de todas as mitologias, está tudo lá no Tarot. Mas aí que está: UMA CARTA É UMA CASCA.

É só quando a gente descasca essa casca que chegamos no fruto. E isso não está na carta, mas na nossa interpretação dela, na nossa intuição, na nossa mediunidade, quem sabe no contato direto ou indireto com o nosso Sagrado Anjo Guardião.

Por isso não adianta ser especialista em Tarot. É que nem ser especialista em história da natação. Saber todas as medalhas de ouro de todas as Olimpíadas e tal.

Mas só quem vai e mergulha entende o que é o mar!

E o Tarot não é questão de “ser especialista”. É questão de conhecer a si mesmo.

Então você não é um especialista em Tarot, mas pode ser um especialista em si mesmo, aí tudo bem...


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