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9.3.20

Lançamento: Introdução ao Yoga

As Edições Textos para Reflexão publicam Annie Besant, uma das maiores espiritualistas de história.

As 4 conferências compiladas em Introdução ao Yoga visavam dar um esboço geral do Yoga, a fim de introduzir o estudo e a prática dos Sutras de Patanjali – o mais importante dos tratados de Yoga. Preparar o estudante para o seu caminho espiritual, tal é o objetivo do presente livro e a razão das numerosas citações tiradas de Patanjali.

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Abaixo, segue uma amostra do primeiro capítulo da obra:


O QUE É O UNIVERSO?

Contemplemos em primeiro lugar o mundo que nos cerca. O que significa a sua história? O que ela nos diz em geral, quando a estudamos? Ela se apresenta para nós como um cenário no qual se movem os povos e os acontecimentos, mas na realidade isso tudo não se trata nada além de sombras que dançam. As nações, os reis e homens de Estado, os ministros e os exércitos são sombras, e não realidades. 
Quanto aos grandes eventos, as batalhas e revoluções, a grandeza e decadência dos Estados, tudo isso são sombras ainda mais distantes da realidade. Se o historiador aprofundar as suas investigações, se for se ocupar das condições econômicas, das organizações sociais, das tendências e das correntes intelectuais, estará sempre no meio de sombras sem consistência alguma, projetadas por realidades invisíveis.
O mundo está cheio de formas ilusórias. Os valores que se dão a elas são falsos. As proporções são deformadas. Os objetos que as pessoas mundanas olham como preciosidades são rejeitados pelos espiritualistas como coisas sem valor. Os diamantes deste mundo, que fazem reluzir de mil formas os raios do sol exterior, têm valor apenas para o homem que se apega ao brilho do vidro. A coroa de um rei, o cetro de um imperador, a majestade do poder terrestre nada são em absoluto para o homem que já vislumbrou a majestade do Eu. 
Ora, então nada existe de real, de verdadeiramente precioso? A esta pergunta responderemos de modo diferente do que fariam a maior parte das pessoas:

O Universo só existe para o Eu.

Se o Grande Arquiteto concebe o plano dos Seus mundos e os chama à existência, Ele não é movido a isso pelo que o mundo exterior pode dar, muito menos pela beleza ou pelo prazer. Ele preencheu Seus mundos com objetos belos e agradáveis. Acima da nossa cabeça a imensa abóbada celeste, depois as montanhas de cumes nevados, os vales verdejantes, todos perfumados de flores; o oceano insondável, por vezes tranquilo como um lago, outras vezes erguendo as suas ondulações furiosamente – tudo existe não pelos objetos em si, mas pelo valor que eles apresentam ao Eu; não pelo que esses objetos possam ser por si próprios, mas para que se prestem às vontades do Eu e possam tornar possíveis as Suas manifestações. 
O mundo, com todos os seus encantos, com a sua felicidade e o seu sofrimento, com as suas alegrias e as suas dores, foi concebido com uma soberana sabedoria, de modo a poder levar o Eu a manifestar os Seus poderes. Do nevoeiro do fogo ao Logos [razão universal], tudo existe para o Eu. O imperceptível grão de pó, o mais poderoso Deva [deus] das regiões celestes, a planta alpina que cresce num canto ignorado, a estrela que brilha sobre nossa cabeça, tudo isto existe para que os fragmentos do Eu único, revestidos de numerosas formas, possam, ao realizar a sua própria identidade, manifestar os poderes  do Eu através dos seus corpos materiais. 
Um Eu único tanto reside no humilde pó como no Deva mais exaltado. “Mamansha”, “a minha porção”, “uma parte de mim mesmo”, como os chama Sri Krishna, eis o que são todos esses Jivatmas, todos esses Espíritos Vivos. Para eles o Universo existe. Para eles o sol brilha, as ondas quebram nas praias, os ventos sopram, a chuva cai: de modo que o Eu possa compreender que se manifestou na matéria, espalhado pelo Universo. 


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