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9.5.14

Netzach shebe Netzach

Os antigos olhavam para o céu noturno
e ligavam seus pontos luminosos,
imaginando as mais variadas formas,
os mais variados símbolos
e deuses...

Se as noites fossem ainda mais repletas de estrelas
brilhando próximas demais,
a sua luz nos ofuscaria
e, cegos assim,
não catalogaríamos constelação alguma...

Da mesma forma, nós sabemos
que há noites de céu tempestuoso
e tão densamente nublado,
que o seu véu espesso nos priva de toda a luz.
Porém, mesmo em meio às chuvas torrenciais,
descem os relâmpagos
para nos avisar
que a luz ainda perdura,
pura e intocada,
em meio a noite mais escura...

Ó, aldeões das tribos perdidas,
ouçam a este trovão,
sintam a sua vibração
chacoalhar todo o mundo!


E depois, reflitam sobre esta verdade:
“É somente porque há escuridão
que sabemos o que é a luz.
É somente porque há tempestade
que sabemos o que é a tranquilidade.
E é somente porque há tanta, tanta solidão,
que lembramos do mundo de onde viemos,
onde todas as estrelas da noite infinita
formavam, aos olhos dos seus habitantes,
um único símbolo,
um único deus;
e o seu nome era –
Aquele que existe em tudo.”


raph’09.05.14

***

Crédito da imagem: Rhys Logan

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2 comentários:

Blogger Fabio Almeida disse...

Eu aqui, assistindo alguns vídeos com belas imagens do nosso cosmos, quase em transe pela contemplação, resolvo acessar o facebook e me deparo com um texto desses... Já não é apenas um texto, já não são apenas palavras, mas uma bela mensagem de alma para alma...

9/5/14 22:48  
Blogger raph disse...

Só faltava a sua música de fundo... Quem sabe um dia façamos algo do tipo :)

Abs!

10/5/14 01:50  

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