Astros dançarinos
Vem querida, vamos dançar novamente.
Vem, me dê a mão, giremos assim
devagarinho
em torno deste amor.
Nesse giro meus pensamentos
são como um batalhão de abelhas
prontas a adentrar a Terra do Mel:
bem na pupila dos seus olhos.
Nessa dança meus instintos
são como aves dinossauros
ávidas por bebericar cada uma
de suas infindas flores.
Dancemos então;
dancemos no ritmo da música
do silêncio primaveril das matas.
Abaixo de nós, o que há de mais sagrado;
em nosso entorno, o fluir do tempo das montanhas,
a eternidade sussurrada pelas brisas.
Onde estaremos a girar?
Que é esta existência, afinal?
O que começou tudo isso,
até onde vai esta dança?
O amor, este amor que nos abraça e abarca,
que nos preenche e acalenta:
o amor não é uma resposta para nossas questões;
o amor é uma experiência.
Vivamos então, e dancemos,
até que já não exista mais nada
além do cintilar dos sóis mais longínquos.
Eu e você: astros dançarinos do amor
da humanidade inteira.
raph'22
***
Crédito da imagem: Ahmad Odeh/Unsplash
Marcadores: espiritualidade, natureza, poesia, poesia (161-170)
2 comentários:
Brilhante ✨
Lindo!
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