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6.2.15

Não há pressa

Eu sigo dentre pedras portuguesas
de calçadas em desalinho.
As pessoas passam, meio que presas,
meio que desnorteadas do caminho.

Há os que estudaram para passar
e os que buscam tão somente amar.
Um bom emprego é uma sorte,
mas não há como vencer a morte.

Alguns galgam uma vaga no céu,
e temem o olhar de Deus.
Outros dançam ao léo,
jamais julgam os seus.

Com as pedras que catei no caminho
construí castelos em desalinho.
Amar é tão somente uma sorte,
o amor vive muito além da morte.

Há santos que dançam com Deus,
os mais belos pensamentos do mundo são seus.
Há seres que abandonaram seus egos ao léo
e que caminham, com muito alinho, pela via do céu.

Não há pressa:
tudo o que há é este momento
que também desaguará no mar...


raph'15

***

Crédito da foto: Marcos Issa/Argosfoto

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