O fogareiro
 
Quantas vezes  vim aqui?
Quantas vidas  passei por tal jardim
sem nada ver  nem perceber
de suas  flores e caules e raízes,
de seu suave  e eterno
perfume de  jasmim?
Que sabia eu  de mim?
  Quantas vidas  de projetos inacabados,
  e amores  perdidos e achados,
  e ilusões em  desencanto,
  e dor e  angústia e falta de sentido
  por todo  canto?
Quantas vezes  vim aqui?
  Quantas vidas  em meio ao caos?
  Quanto tempo  até enfim aprender
  a abrir os  olhos de adentro
  e ver o ser,
  e vendo  perceber
  que o reflexo  de tanta dor,
  e tanta  confusão,
  foi  justamente o que fez brotar
  tal ardor em  meu coração?
Que queime,  que arda por inteiro!
  Que faça  renascer todo amor do mundo
  neste  pequenino e singelo
  fogareiro...
raph'18
***
Este poema também se encontra na página Poetas do Caos: facebook.com/caospoetas/
Crédito da imagem: David Uzochukwu
Marcadores: espiritualidade, existência, poesia, poesia (151-160)
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