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1.2.09

À Natureza

Estava escrito em teu olhar
Que me amara desesperadamente
Desde a primeira vez que me vira
Desde o primeiro suspiro em tua mente...
Mas eu não li

Nosso amor ecoou
Pelos ares e ventos que nos rodeiam
Desde a primeira vez que nos abraçamos
Desde que dançamos a valsa que nunca mais tocou...
Mas eu não ouvi

Em cada mecha de teus cabelos
Exalava o perfume dos amores
Que por ousarem desejar o Céu
Tingiam ao mundo todo de fel...
Mas eu não percebi

Que desde o início de nossa história
Apenas sei que amei-te...
Não sei por que portas adentras-te meu ser
E com quais sentidos sempre pude lhe ver:
Bela, como o orvalho da manhã
Inevitável, como a noite enluarada
Acolhedora, como a gruta em meio a tempestade
Frágil, como uma amapoula em meio ao campo.

Desde essa tal idade
Em que te detectei finalmente em meu ser
Abri os olhos ancestrais, que estiveram cerrados por toda uma era,
E finalmente descobri todo prazer
Que há em viver...

raph’08

Crédito da foto: Rafael Arrais.

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1 comentários:

Anonymous Anônimo disse...

simplesmente lindo!!!

3/2/09 16:48  

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