Passagem
Este poema em homenagem ao passar dos anos e dos dias e dos momentos desapercebidos...
I.
Hoje estar melhor do que ontem
Que dias vem e dias vão
Iguais jamais serão
E a força que a tudo mantém
Nesse tempo a passar em vai e vem
Desponta no horizonte dessa imensidão
Já o futuro é brisa que não soprou
Eu posso esperar o amanhã chegar
Como quem caminha dentre flores
Saboreando a fragrância de seus amores
Percebendo a eternidade passar
Sem se importar com o que não chegou
Aqui há tanto para conhecer
Do que há dentro de mim
Do que há lá fora na varanda:
O sol que nasce para o ser
E no ocaso do entardecer
Rega com luz nosso jardim
E se acaso alguém lhe disser
Para apertar a caminhada
Para chegar ao céu mais cedo
Responda que seus passos são curtos
Que ainda há muito pelo que passar
Nessa viagem eterna de seres e luz
De gente a aprender a amar
Não há do que se ter medo
Não há lugar a se guardar
II.
Nada há
Que não a harmonia da passagem...
III.
À noite a lua nos conduz
Por tais campos elísios
Na ante-sala do infinito
Nosso anfitrião em silêncio
Nos diz o que devia ser dito
E então percebemos em paz
Que só nos resta aguardar
Pois que em sua casa
Há só este modo de entrar:
As mãos dadas
Os corações entrelaçados
As almas irmanadas
As ilusões em desencanto
As mentes a recordar
Da época em que nos encontramos
Sim! Sim meus irmãos
Nós mal começamos...
raph'10
***
Crédito da foto: Alfredo Mascarenhas
Marcadores: existência, poesia, poesia (71-80), tempo
1 comentários:
Feliz Natal, muita luz!
Namaste!
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