Malkuth shebe Netzach
Desde que a primeira tribo
passou a colher mais trigo e cevada
do que necessitava para comer,
surgiram os estoques de grãos,
os vilarejos
e os salteadores...
Desde esse tempo
que há guerra
entre os que buscam conquistar tais riquezas
e os que as vigiam e defendem.
Mas contam as lendas
que, de tempos em tempos,
passava pela Terra
um nobre rei.
E a sua nobreza residia
no desejo de lutar e dominar territórios
não no mundo de fora,
mas no de dentro.
Ora, nós vimos grandes imperadores
que marcharam do Ocidente ao Oriente,
deixando um rio de sangue em seu caminho.
Tais homens foram lembrados e honrados
por todos aqueles que viveram em sua época.
O nobre rei, no entanto,
enviou todo o seu exército para o abismo
de sua própria alma;
e, tendo marchado montanha acima,
até tocar o próprio céu,
se tornou o Monarca das Campinas do Vasto Horizonte.
E este rei é lembrado, até o dia de hoje,
por todos aqueles que sentem
esta saudade perene
de tudo o que é eterno...
raph’12.05.14
***
Crédito da imagem: cena de Irmão Sol, Irmã Lua (Divulgação)
Marcadores: poesia, poesia (121-130), Sefirat ha Omer
2 comentários:
"O nobre rei, no entanto,
enviou todo o seu exército para o abismo
de sua própria alma;..." deu medo essa parte
Acho que não há nada mais apavorante do que este abismo...
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