Hod shebe Chesed
Então me  diga,
você que se  diz sábio:
Acaso o sol algum dia já se arrependeu
de haver  nascido?
Acaso em  alguma noite esquecida
  a lua  invejou, sequer por um momento,
  a luz solar?
Acaso as  montanhas das grandes fossas marinhas
  alguma vez  reclamaram
  de toda a  fama do Himalaia?
E alguém já  viu alguma leoa
  resmungando  pelo fato
  de serem elas  as grandes caçadoras,
  enquanto os  leões comem e dormem?
Ora,  grandiosos animais caminham pela Terra,
  e outrora  vimos pelas campinas
  bestas ainda  maiores...
Mas, sem a  grama,
  sem a extensa  relva que cobre todas as paragens,
  e trata de  crescer até mesmo em meio ao concreto,
  o que  teríamos para o nosso banquete?
A Natureza,  que é vasta,
  exige sim uma  certa submissão,
  uma certa  humildade...
Porém, mesmo todas  as folhas de grama do mundo
  são apenas  uma pequenina mancha verde
  na superfície  de uma pedra
  que viaja  pelo vazio
  ao lado de  bilhões e bilhões de irmãs.
Se há mesmo  algum homem ou mulher
  que ainda não  aprendeu a ser humilde,
  talvez seja  porque nunca tenha olhado para o alto,
  durante as  noites de céu aberto,
  e iniciado a  contagem dos sóis!
raph’19.04.14
***
Crédito da imagem: Joel "Boy Wonder" Robinson
Marcadores: poesia, poesia (121-130), Sefirat ha Omer
						
						
						
						
						
						
						
						
						
						
						
						
2 comentários:
Muito bom.
Agradeço por partilhar.
Abraço,
Petri
Valeu Petri!
Acho que esse ano nos vemos de novo em Sampa, se tudo correr bem :D
Postar um comentário
Toda reflexão é bem-vinda:
 Voltar a Home