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8.1.07

Como será o amanhã?

Essa é uma pergunta recorrente de todas as épocas da humanidade... Mas, principalmente nas últimas décadas, ela tem gerado muito mais apreensão do que esperança. Vejamos uma breve lista do que o amanhã nos espera, segundo a mídia globalizada:

1. Violência crescente nos grandes centros urbanos, gerada muitas vezes pelo mercado de drogas, que é ironicamente financiado exatamente pela classe que mais teme essa violência.
2. Terrorismo crescente no mundo, devido a incompatibilidade de fanáticos religiosos que querem continuar no passado medieval e progressistas disfarçados de grandes ícones da sabedoria do dito mundo civilizado, que querem trazer um futuro a força, ignorando culturas e, principalmente, destroçando economias.
3. Aquecimento global e consequente aumento das mazelas da natureza, o que é apontado por muitos como uma espécie de vingança da mesma contra a ocupação predatória do homem sobre a Terra, assim como alguns atos de ignorância extremada (vide Hiroshima e etc.)
4. Aumento crescente do desemprego, assim como do abismo social entre as classes ricas e pobres, principalmente nos países do hemisfério sul. Mesmo nos países do norte, há também a bomba relógio da previdência social, o que teoricamente consumirá boa parte dos recursos que os governos precisariam investir em outras áreas, inclusive para geração de mais empregos.
5. A tragédia da Africa, o continente de onde boa parte de nossas civilizações surgiu, e que ironicamente hoje vive um caos social, inclusive nos países onde o número de homens e mulheres com aids beira os 50%.

Bem, com certeza não são perpectivas muito promissoras... Mas será então que antigamente, bem antigamente, as coisas eram melhores? Será que na Grécia antiga os homens não precisavam se aborrecer com muita coisa e podiam passar seus dias filosofando nos jardins? Será que na época em que Jesus caminhou pela Judéia todos eram felizes apenas por saber que um grande profeta estava entre eles? Será que na época das grandes cruzadas os homens eram esperançosos por acreditarem que no futuro todos os bárbaros do sul que um dia foram seus invasores seriam convertidos ao catolicismo e, portanto, seus mais novos e amados irmãos? Será que na Alemanha de Hitler, as pessoas estavam mais tranquilas por acreditarem que as raças impuras seriam varridas do mundo e que seu grande líder os levaria a serem os perfeitos herdeiros da Terra?

Vocês devem estar refletindo sobre essas diversas perguntas. E, admitamos, sempre existiram mazelas e miseráveis na humanidade, assim como sempre existiram pequenas elites que se fartaram com o bom e o melhor que a vida lhes poderia oferecer na época... Ocorre que, mesmo desconsiderando os avanços da medicina, da eletrônica e do saneamento básico, será que, moralmente e a nível de esperança, o mundo antigo era melhor do que o atual?

Será que, antigamente, o que se via no Coliseu (homens lutando até a morte ou devorados por feras) era melhor do que o que se vê hoje em estádios de futebol ou de esportes em geral? Será que a violência em vilarejos perdidos nas fronterias de reinos, onde mulheres podiam ser estupradas e vilas invadidas e massacradas por invasores, era ela menos brutal do que a violência de hoje? Será que os homens e mulheres que arderam em fogueiras humanas por defenderem a ciência acreditam que hoje nossas leis são piores do que as daquela época? Será que os índios que foram massacrados em todos os cantos da América, e que viram a natureza ser tratada como moeda de troca pelos grandes colonizadores europeus acreditariam eles que hoje o homem respeita ainda menos a natureza do que antigamente?

Não.

Definitivamente, a humanidade anda para frente... Devagar e a passo de anta, talvez, mas sempre adiante. Hoje melhor do que ontem, e amanha, com certeza, melhor do que hoje.

Aqueles que não acreditam ou tentam achar uma explicação para o baixíssimo nível de esperança ante ao futuro na humanidade de hoje, deixo uma simples reflexão:

Os homens sempre foram assim, sempre reclamaram de barriga cheia. Há muitos que vem a Deus pedir por bençãos e rumos a tomar, mas muito poucos que se preocuparam em achar esses rumos por eles mesmos, e a Deus tudo o que fizeram foi agradecer profundamente por esse universo maravilhoso onde todos tem a oportunidade de evoluir, sempre.

A grande diferença é que hoje o conhecimento está mais difundido. Pela inabilidade de lidar com tal conhecimento e viver num mundo verdadeiramente globalizado, os homens ficam aterrorizados com quase tudo, desde um acidente de trêm na Índia a um assassinato na Inglaterra. A mídia globalizada nos trás tudo o que queremos ver, e infelizemente muitos de nós, por falta de opnião própria, continuam fixados apenas nas tragédias. Voltemos para a luz, que hoje, mais do que nunca, existe em abundância nessa Terra.

Os dias da grande virada estão sempre "por vir", talvez seja hora de não esperarmos mais por eles, e acreditar que estamos sim caminhando sempre em frente. E que essa tal grande virada é tão somente uma nova forma de encarar a vida. Feliz amanhã a todos!

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