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6.6.08

Mundos de carne e de luz

Eu vi o mundo dos homens,
E vi também o mundo espiritual.
Me perdoa Pai,
Pois não sei qual o mais bonito.

Andei pelas cavernas com fome,
Singrei mares e continentes,
Viajei sem saber até o infinito...
Cavalguei pelas batalhas sangrentas,
E nas diligências do velho oeste...
Hoje sigo sob edifícios e sinais,
Vendo o que sempre vi...

A beria das estradas
Estão os homens.
A beira das estrelas
Estão os seres de luz.
A beira da ilusão e da ignorânica,
Vão-se os seres perdidos
Do amor que clama desesperado
Por sua volta...
Ah Pai, como tu há de ser amado!

Como os passáros enjaulados
Esquecem de cantar,
Muitos de nós
Esquecem de viver...
Esquecem da coisa mais preciosa
De todo esse universo
De mundos de carne e de luz:
Aquele que lá do alto,
Do centro de cada coração,
Pai de todo amor,
Toda essa energia conduz...

raph'01

*

Quando escrevi essa poesia não achei-a nada demais, foi só com o tempo que passei a gostar dela, e a entendê-la melhor... De fato, nesse caso, fica sempre a dúvida se fui somente eu mesmo quem escrevi... Não quero com isso dizer que psicografo poesias, nada disso, quero dizer que é um mistério muito grande o processo, a forma como elas surgem, e a compreensão de onde elas realmente vêm.

As primeiras estrofes, no entanto, são de uma fala de Jesus em "A Última Tentação de Cristo", filme baseado no romance de Nikos Kazantzakis.

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2 comentários:

Blogger Juliano disse...

Gostei bastante da poesia (e olha que eu ainda não aprendi a admirá-las :-) )

E fiquei muito curioso em ler "A Última Tentação de Cristo" e saber mais de Nikos Kazantzakis.

Obrigado!

11/3/14 12:38  
Blogger raph disse...

Oi Juliano, obrigado!

Eu recomendo o filme. De fato, é o melhor filme que vi na vida :)

Abs
raph

12/3/14 16:06  

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