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17.2.12

Ponte para o infinito

Porque os homens viram o infinito
E tanto se espantaram
Foi que criaram o mito
A magia, o saber
A ciência, a filosofia
A poesia: uma religião
Para a imensidão

Criaram, enfim, uma terra cinzenta
Onde tudo existe assim: dividido
Separado em caixas
Para que a razão pudesse analisar
Cada pequeno pedaço finito
De um todo sem fim

Existe, portanto, esta terra de angústia
De vida cíclica a se renovar
De guerra e conflito constante
Do lento depurar
Da existência agonizante
Até que, de tanto passar pelo céu
O espírito finalmente chova
Em gotas límpidas e cálidas:
A tempestade do ser

Há, sim, uma terra de morte
E uma terra de vida
E a única ponte é o amor
Cada pequeno gesto de generosidade
Cada bom dia entusiasmado
Cada sorriso da alma
É um passo na longa ponte
Um passo
Que não será desperdiçado...

raph'12

***

Crédito da foto: Jack Hollingsworth/Corbis

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4 comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Lindo poema. Parabéns!

18/2/12 12:17  
Blogger raph disse...

Obrigado :)

19/2/12 15:25  
Anonymous Anônimo disse...

provavelmente vc é da minha família, meu nome é Gabriel Arrais, filho do Kleymar Arrais, minha sala da escola está trabalhando com o seu texto.

6/10/17 09:31  
Blogger raph disse...

Olá Gabriel. Sim se o seu "Arrais" é realmente com "i" significa que provavelmente somos mais próximos do que os "Arraes" com "e". Pergunte se o seu pai conhece algum Nilson Arrais na família (meu avô, já falecido há décadas). Em todo caso, fato é que todos somos parentes daqueles que primeiro deixaram a África a pé, há dezenas de milhares de anos atrás :)

6/10/17 10:07  

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