Mãos à obra!
“De que lado é que veio este vento?”
Não há lados.
“De onde é que você me chamou?”
Não há “onde”. Há somente o chamado...
“Porque não me deixa em paz? Tenho sono...”.
Não há sono no mundo!
“Quero ser um fantoche, não um ator”.
Não lhe imaginei como um fantoche;
O imaginei como grande herói,
Grande aventureiro da própria vida,
Argonauta dos sete mares!
“Não quero navegar, não quero ser náufrago...”.
Navegar é preciso!
A vida no medo
É como uma ilha de náufragos no deserto
Tateando atrás duma gota d’água...
Ó herói temerário, aventura-te!
Desperta enfim!
Há água por todos os lados...
Há um Oceano a tua volta!
“Quero viver, não morrer. Tenho medo”.
Viver não é preciso
Nem mesmo necessário...
Isto que chama “vida”
É somente um entreato entre gloriosas aventuras
E viagens inimagináveis
Senão em sonhos.
Ó herói sonolento, aventura-te!
Viver não é preciso
Criar é preciso.
Estou lhe chamando para uma aventura
Pelos caminhos tortuosos para dentro de ti mesmo
Que escondem, por detrás da cordilheira dos dragões famintos
Um Reino de Liberdade!
Estou lhe convidando:
Desperta, enfim, em meu Reino...
Mãos à obra, a Grande Obra!
raph’13’A.’.A.’.
***
Crédito da imagem: one2one
Marcadores: A.'.A.'., aventura, espiritualidade, existência, medo, poesia, poesia (101-110)
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