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18.6.13

O choro do recém-nascido

Nós não esquecemos
De que sua guarda foi educada
Para defender o barão,
Morrer pela nação
E viver sem razão.
Nós não esquecemos
E não perdoamos.

Seus anunciantes pagos
Apontam suas câmeras para o bairro nobre
E fingem que não existem
Os que sofrem ao largo –
Estes que não merecem nem nota de rodapé.
Mas nós já não lemos seu jornal
Nem sintonizamos seu canal.

Nós não esquecemos
De como sua “bancada rural”
Vem tratando nossas matas e nossos índios,
Corrompendo ao que é ancestral.
Nós não esquecemos
E não perdoamos.

Uma grande escola evitaria dezenas de prisões,
Mas seu presídio condena ao inferno o marginal
E seu sistema de ensino
Serve apenas para ensinar ricos
A ganhar ainda mais dinheiro.
Mas nós não aprendemos mais da sua cartilha,
Somos a geração Coca-Cola
Que já não bebe Coca-Cola.

Nós não esquecemos
De seus corruptos impunes
Nem dos aplausos do pretenso “partido da moral”
Aos seus próprios corruptores.
Nós não esquecemos
E não perdoamos.

Hoje, vocês querem nos dar futebol...
Futebol em troca de saúde para os desesperados,
Educação para os desamparados
E segurança para os desnorteados.
Mas nós não faremos sua festa dentro dos estádios;
Faremos a nossa própria festa, fora deles,
E por todo este grandioso país.

Nós não esquecemos.
Nós não perdoamos.

Esperem por nosso grito...
O choro do recém-nascido!


raph’13 (inspirado em Anonymous)

***

Crédito da imagem: Anonymous

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