Pular para conteúdo
20.8.13

Uma certa beleza

Dizem que o homem teme a morte, porém morre todo dia, e renasce toda manhã.

E sua própria vida é algo em constante mutação, tanto celular quanto neuronal quanto espiritual: não somos os mesmos de 15 anos atrás, quase nenhuma célula é a mesma.

Então talvez temamos deixar de existir, mas muitas de nossas preferências e características deixaram de existir, sem realmente terem se aniquilado por completo. Não brincamos mais as brincadeiras de criança, mas temos ainda, quem sabe, uma vaga ideia de como elas eram...

Enfim, as personalidades mudam e morrem e renascem, mas as potencialidades caminham sempre a frente, quem sabe junto a seta do tempo: todo o inanimado se desorganizando, todo o animado se iluminando.

Mas mesmo a existência precede a essência, realmente, pois que antes de todas as substâncias e todas as almas, havia apenas uma única substância incriada e tão eterna quanto tudo o mais...

Há uma certa beleza em se pensar assim.

***

Crédito da imagem: fiddle oak

Marcadores: , , , ,

2 comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Por Satyapren, uma reflexão bem interessante:


Todas as respostas para as suas perguntas, repousam no Silêncio que você é. No momento em que você começa a ter o vislumbre disso, nota que as perguntas não têm relevância para quem você é. É por isso que Sosan disse: "Nem amanhã, nem ontem, nem hoje!” Porque "hoje" ainda é uma descrição baseada num referencial.

Já falamos disso, mas talvez eu precise repetir: agora não é o hoje. Agora não é tempo. Agora é este momento – eu vou chamar de momento sabendo que não é momento, mas eu chamo porque a linguagem não oferece uma outra maneira de dizer. Agora esse momento onde não existe descrição possível, onde não existe distinção entre isso ou aquilo.

O hoje é acessível à mente. O agora não é. No agora não há mente, nem ego, nem você, nem nada. Isso é o Silêncio. Ver em totalidade, não é possível para a mente, muito embora ela pergunte a respeito de como viver "no agora" para sempre, quero que note que o Silêncio sabe que não precisa fazer nada para viver o agora, porque ele está sempre no agora. Mesmo que você faça uma caminhada no mundo da mente, inevitavelmente, é bom notar, o quanto o Silêncio não é afetado pelas trapaças, pelas paranóias, pelas armadilhas que a mente propõe. Então, de verdade, o que estou tentando dizer é que você, o Silêncio, não se afeta com a mente.

Não há nada que a mente possa fazer para criar um problema para o Silêncio. Os obstáculos surgem apenas quando você se identifica com algo que não é você. No momento em que se desidentifica, nenhum problema existe. Você está livre para Ser. Você se mistura à todas as coisas, sem nenhuma condenação. Você se torna uma criança novamente.

http://www.youtube.com/watch?v=e-TGNQRZ0A8

20/8/13 12:21  
Blogger raph disse...

Sobre o comentário, é interessante como ele tem tudo a ver com um livro digital que estarei lançando em breve, "A Voz do Silêncio" de Helena Blavatsky, na tradução luxuosa de Fernando Pessoa :)

Sobre o vídeo, além da frase já ser bela, com as imagens em movimento fica ainda mais belo... Muito obrigado!

20/8/13 12:32  

Postar um comentário

Toda reflexão é bem-vinda:

‹ Voltar a Home