Memes para reflexão, parte 1
Muita gente passou a conhecer os memes após o advento das redes sociais online. O que pouca gente sabe, no entanto, é que os memes da internet nada mais são do que uma espécie de “subgrupo” de um conceito muito mais abrangente, poderoso, e até mesmo místico:
Um meme – conforme proposto pelo biólogo britânico Richard Dawkins – é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima. É considerado como uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros) e outros locais de armazenamento ou cérebros. No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma se autopropagar. Os memes podem ser ideias, línguas, sons, desenhos, doutrinas religiosas, valores estéticos e morais etc. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética.
Apesar de ser um conceito puramente metafísico, ele tem sido capaz de explicar muita coisa que ocorre dentro da mente humana, particularmente no que tange a troca de informações sociais e culturais. Assim, se é verdade que muitos memes da internet não passam de pequenas peças de humor, não é verdade que todos eles possam ser considerados somente isso.
Conforme um dia nos explicou Ralph Waldo Emerson, “A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos os seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga comandos próprios”.
É levando isto em consideração que eu pensei comigo mesmo, “Ora, se há tantos memes bobos que alcançaram tamanho sucesso em se replicar pelas mentes alheias, por que não usar do mesmo expediente para tentar refletir adiante ideias um pouco mais profundas?”.
Foi assim que me senti inspirado para criar alguns “memes para reflexão” e publicá-los em nossa página no Facebook. A minha ideia, é claro, não é criar memes “acadêmicos” ou “muito sérios”, mas me aproveitar do bom humor e do grande alcance deste tipo de linguagem online para, como sempre tento fazer, levar as pessoas a refletirem um pouco mais sobre algumas ideias que talvez estejam já velhas demais, solidificadas demais, dogmáticas demais.
Com isso não quero denegrir ou reduzir tais ideias, que são memes muito mais antigos e duradouros do que qualquer meme de internet, mas pelo contrário: mostrar outros pontos de vista para, quem sabe, trazer tais ideias ancestrais para o meio do século 21, onde há um verdadeiro Dilúvio de informação irrelevante; de modo que as ideias relevantes talvez precisem ser guardadas com carinho, na segurança de nossa Arca de Noé, esta que sempre navegou em nossa própria alma.
Na sequência, trarei alguns dos memes publicados em nossa galeria no Facebook, com uma pequena explicação sobre o que exatamente quis passar com cada um, assim como uma rápida descrição das discussões geradas por aqueles que foram mais compartilhados.
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Crédito da imagem: Raph/Google Image Search
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