O farfalhar da grama
Há alguns insetos negros e amarelos
Que são atraídos pelo mel da beleza
Como aos homens por Afrodite
Gerando guerras inúteis pela natureza
Mas se no combate não se ouviram os violoncelos
Anunciando ao divino amor
E sim os tambores da morte e do horror
Que não se culpem esses fugazes elos
Bem aventurados os que percebem sua fragância
Na brisa suave e leve a nos transportar
Na liberdade em escolher como bem amar
Quando o desejo não vem mais da mera ganância
Mas do eterno farfalhar da grama
Que cresce em qualquer lugar, e também ama
raph'10
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Poesia inspirada por "O enigma de Afrodite", do blog Qualquer coisa que se sinta.
Crédito da foto: enjae
Marcadores: amor, poesia, poesia (61-70), soneto
4 comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Nossa Carol, me desculpe acho que deu branco e eu esqueci de citar que essa poesia foi inspirada pelo seu post em http://porqualquercoisa.blogspot.com/2010/09/o-enigma-de-afrodite.html
Vou citar agora :)
As coisas em geral não são tão fáceis de dizer... A maioria dos acontecimentos realmente importantes é inefável, realiza-se num espaço que jamais uma palavra penetrou. E mais inefável do que a maioria dos acontecimentos são tuas poesias, existências maravilhosas, cuja vida perdura ao lado da nossa, que passa.
Deixei o link desse teu post nos comentários do meu.
Beijo.
Muito obrigado, Carol. Acho que ser inefável é provavelmente a melhor coisa que já disseram sobre uma poesia "minha", então o que posso fazer é retribuir, pois as suas também são deliciosamente inefáveis :)
Beijo
raph
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