Musa
Quando meus olhos encontraram os teus
Na estrada eterna da lembrança
Eu não sabia teu nome
Ainda assim teus sonhos fizeram-se meus
Que pude ver o brilho distinto de tua alma
E assim, uma vez mais, ter esperança
Ao te buscar pelos campos etéreos
Segui teu perfume como a abelha ao mel
Até te ver assim, a banhar-se no rio, nua
Era preciso ter cuidado ao me aproximar
Esvair-me todo num único orgasmo seria um fel
Quis delongar-me, observar-te daqui
Onde cada brisa me traz parte de ti
E me ensina a te amar
Não se trata de um amor platônico
Mas de amor sentido, boquiaberto, espantado
Amor de verdade, enfim
Amor atônito
Hoje posso tocar-lhe a face, delicadamente
E deitar minha alma em teu pescoço
E adormecer para a amargura do mundo
Ainda não sei teu nome
Oh bela inefável...
Mas quero introduzir-me um dia em ti
E gerar muitos rebentos
E cada um deles nada mais será
Que uma preciosa ideia de amor
Inominável
raph'11
***
Crédito da imagem: Escultura de Paige Bradley
Marcadores: amor, criatividade, mitologia, poesia, poesia (81-90)
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