Pássaros a voar
Uma vez mais ele acordou
Já após o galo cantar
Amaldiçoou a vida – Se levantou
Saiu carreiro para trabalhar...
Uma vez mais os pássaros piaram
Em meio ao orvalho da natureza
Refletindo aos raios que chegaram
Lá, de tão longe – Onde há só beleza...
E não ganhou na loteria
Nem aquele aumento que pediu
A um homem que nunca o viu
E lá fora havia profunda calmaria
– A primeira revoada já estava a passar
Com animaizinhos livres a caçar
(...)
Após o soneto, os pássaros voaram acima,
E ele ficou ali abaixo:
Exatamente onde seu pensamento o situava...
No restante do dia...
No restante daquele mês
E daquela existência
Foi tudo para ele quase puro sofrer
Que uma vez mais estava
A sobreviver
Sem se dar conta
Sem perceber
Toda a infinita revoada
De pássaros a voar
E vidas, por viver...
raph'11
***
Crédito da foto: Anônimo (revoada de pássaros no Pantanal/MS)
Marcadores: existência, natureza, poesia, poesia (81-90)
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