A última máscara
Retira a máscara que os outros lhe ofertaram
E finda definitivamente de ser cópia obscura
Em meio ao mar de clones que naufragaram
Entulhados em seus egos pela noite escura...
Toma coragem e te olha na superfície d’água
Observa neste vasto lago a todos os assassinos
E gênios e santos e loucos cantadores de hinos
Que lá todos são o que são e sem mágoa...
Cai uma estrela distante cortando a escuridão
E explode bem além da costa do mar
E cada gota ao céu é em si uma imensidão!
Afinal aqui neste baile há só este instante:
De amar e amar e amar
E assim, desmascarado de tudo, iniciar a dança [1]...
raph'13
***
[1] Variante para o trecho final do soneto:
Que aqui neste baile há só um sentido:
O de dançar desmascarado a amar
E colher cada gota que haja por chorar...
Crédito da imagem: Brooklyn Museum/Corbis (máscara mortuária egípcia)
Marcadores: amor, existência, poesia, poesia (111-120), soneto
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