Para ser um médium, parte 3
Magia é a arte – a arte original –, a ciência de se manipular símbolos, palavras ou imagens para se alcançar estados alterados de consciência. (Alan Moore)
A arte de sentir
Muitos podem achar um tanto estranho que um roteirista de quadrinhos tenha nos dado uma das mais simples e elaboradas definições do que é, afinal, a magia. Logo ele, que criou tantas histórias fantásticas, com super-heróis e seres mitológicos, vem nos dar uma definição “sem graça” como essa? Na realidade, não é surpreendente que artistas, sobretudo escritores de fantasia, sejam os que mais têm contato com a magia. A definição de Alan Moore, longe de diminuir a magia, apenas a expande e a devolve ao seu lugar de origem: o fundamento de todas as práticas mediúnicas de outrora, desde animais desenhados em cavernas na pré-história, até os primeiros rituais elaborados pelos grandes xamãs da antiguidade.
A magia é a arte, a mãe de todas as artes, a arte de sentir o mundo, sentir a natureza e, invariavelmente, captar tais pensamentos a pairar pelo ar [1]... Os médiuns ancestrais prontamente os associaram a espíritos, mas hoje há muitos artistas que acham que sua inspiração vem do inconsciente, ou de “algum lugar por aí”... Na verdade, é claro que a inspiração artística passa pelo crivo do inconsciente, e que muitas das criações humanas podem ser explicadas pelo encadeamento de informações das mais variadas fontes dentro de nosso grandioso e complexo cérebro. Porém, se nenhuma informação nova jamais tivesse surgido na mente humana, até hoje estaríamos a fabricar machadinhas de pedra lascada, e não computadores e tablets.
Desde uma cadeira entalhada em madeira até o mais alto arranha-céu de Dubai, desde uma pictografia pré-histórica a um quadro de Picasso, desde um preceito moral escrito em algum papiro chinês antigo até a última graphic novel de Neil Gaiman, toda criação humana partiu inicialmente de alguma mente, e é exatamente por isso que os espíritos estão mais interessados em influenciar nossos pensamentos – para o bem ou para o mal – do que em provocar fenômenos inúteis, se é que são possíveis, como se “materializarem” no meio de uma assembleia geral da ONU e darem um susto em alguns políticos...
Na verdade, segundo O Livro dos Médiuns, compilado por Allan Kardec, supostamente existem e existiram alguns raros médiuns de efeitos físicos que eram capazes de fazer algo parecido com “truques de mágica”, só que de forma real, como levitar objetos pesados (incluindo a si mesmos) e até mesmo efetivamente “materializar” espíritos, emprestando fluidos eletromagnéticos de si próprios para que estes consigam formar partículas que reflitam luz (ectoplasma). Será que isso realmente existe? Eu sou agnóstico quanto a isso – não afirmo que existe nem que não existe –, principalmente pelo fato de que tais fenômenos não acrescentam muito (mesmo que existam) ao objetivo primordial do contato dos espíritos: melhorar a vizinhança.
Na dúvida, portanto, se tais fenômenos ocorrem ou não, o importante é ter em mente que toda a prática da mediunidade tem (ou deveria ter) por objetivo a elevação moral e intelectual, passo a passo, não só dos espíritos enfermos atendidos pelos médiuns, como dos próprios médiuns. Principalmente dos médiuns, se poderia até dizer, pois que são esses que vem sendo lentamente preparados para assumir a responsabilidade de conduzir a humanidade a novos estágios de moralidade, compaixão, conhecimento e arte – mas não qualquer arte: a arte de sentir, a arte de amar.
É claro que a mediunidade, como uma machadinha pré-histórica, pode ser usada para a edificação ou para a destruição da vida. Podemos usar uma machadinha para cortar tiras de couro das carcaças de animais caçados e fazermos roupas para proteger os membros da tribo do inverno gélido, assim como podemos usá-la para matar um inimigo da tribo rival... Porém, na medida em que o espírito humano avançou pelo tempo, muitos de nós passaram à perceber e a compreender o que os “seres de cima” já sabiam há muitas eras: somos tolos por trazer a guerra aos nossos irmãos de armas. Todos viemos do mesmo Deus, filhos do mesmo Cosmos: somos irmãos desde sempre (neste caso, inclusive dos animais, embora ainda estejamos um tanto distantes da era em que os direitos animais serão plenamente reconhecidos).
Esclarecido isso, passemos a uma descrição bastante resumida das manifestações mediúnicas mais comuns, agrupadas de acordo com os tipos de médiuns que as costumam perceber [2]:
Médiuns sensitivos
Por definição todo o médium é sensitivo, apesar de esse grau de sensibilidade variar bastante. Algumas pessoas sentem calafrios ou o arrepio de pelos do corpo ao adentrarem certos ambientes, assim como se sentem inexplicavelmente confortáveis e seguras em alguns locais. O mesmo pode ocorrer ao encontrarem certos tipos de pessoas, principalmente as desconhecidas, das quais têm uma “primeira impressão”. É mesmo óbvio para todos que passaram por tais experiências que estas sensações não se dão através de nenhum dos sentidos físicos já conhecidos e descritos pela biologia; mas, ainda assim, a grande maioria dessas pessoas, mesmo tendo a sensibilidade elevada, continuam sendo médiuns passivos, pois não fazem vaga ideia do que se passa com elas nesses momentos, ou pior: criam as mais variadas mistificações e superstições para explicá-los.
Na verdade todo espírito tende a sentir a presença de um espírito na mesma sintonia de pensamento. Pense em coisas “positivas”, como o desenvolvimento da educação ou num belo concerto sinfônico que lhe tocou a alma de forma peculiar, e atrairá seres afins. Pense em coisas “negativas”, como na violência das grandes cidades ou na raiva que ainda sente da sua sogra, e, da mesma forma, atrairá espíritos que pensam mais ou menos as mesmas coisas – sejam os que habitam um corpo físico, os vivos, sejam os que não os habitam mais, os “mortos”.
No desenvolvimento mediúnico, você poderá por vezes começar a “sentir a presença” de alguém do seu lado, sem de fato haver ninguém ali (nenhum corpo físico, pelo menos)... Não se assuste: este é o início do afloramento da mediunidade.
Médiuns audientes
Estes são os médiuns que recebem informações dos espíritos de forma auditiva. Claro que, embora possa lhes parecer que seja assim, não é través de ondas sonoras captadas em seu ouvido (físico) que eles ouvem, mas através de sugestão mental. Às vezes pode parecer até mesmo uma “voz interna”, como se fosse um “pensamento falante”, e noutras vezes será como ouvir alguém falando ou sussurrando ao seu lado.
Este tipo de mediunidade, quando fruto de um desequilíbrio da alma, pode facilmente conduzir um médium ignorante de suas próprias faculdades a loucura... Mas, sob a proteção de uma boa casa espiritualista, a tendência é que os espíritos sombrios se afastem, e que ele passe, pelo contrário, a se regogizar em poder ouvir constantemente aos conselhos de espíritos amorosos.
Uma variedade interessante deste tipo de médium são os médiuns falantes, que em realidade não ouvem nada e tampouco têm controle algum sobre o que estão falando. São fisicamente influenciados pelos espíritos, diretamente nas áreas cerebrais responsáveis pela fala, e atuam apenas como “ferramentas de voz”. Ironicamente, muitos dos evangélicos que “falam línguas”, e que às vezes condenam a prática mediúnica, são eles mesmos médiuns falantes.
Médiuns videntes
A visualização de espíritos, de forma análoga a audição, não ocorre através da visão (física), mas através da visão espiritual, ou da percepção de ondas de matéria fluida através de alguma parte do cérebro (talvez a glândula pineal), da mesma forma que captamos fótons com os olhos. Este tipo de fenômeno é muito comum em estados alterados de consciência, ou em sonolência – por isso muitas pessoas dizem ter visto pessoas “de relance” quando estavam quase dormindo, ou logo após acordar. Isso é particularmente comum nos casos de “morte” de entes queridos, que costumam vir se despedir das pessoas amadas.
Porém, também existem médiuns videntes ostensivos, ou seja: que veem espíritos à todo momento! Esta é uma forma de mediunidade particularmente nociva se não for bem administrada, particularmente nos casos em que ocorre desde a infância (imagino que não precise explicar o porque). No entanto, quando tais médiuns sobrevivem aos infortúnios da infância e adolescência e conseguem manter a sanidade mental intacta, se tornam médiuns muito, muito úteis, na maioria dos trabalhos das casas espiritualistas. Além disso, se conseguem se alinhar aos padrões de pensamento de espíritos amorosos, há a tendência de verem cada vez menos cenas sombrias, e cada vez mais a verdadeiros espetáculos da existência.
Recentemente falamos no blog sobre o caso de um católico “estranho”, e se tratava de um caso clássico de médium vidente ostensivo – e, no seu caso, aparentemente muito bem sucedido no caminho espiritual [3].
Médiuns pneumatógrafos
Foi assim que Kardec classificou os médiuns capazes de escrever direta ou indiretamente informações passadas pelos espíritos. É interessante notar como este tipo de mediunidade era raro na época de Kardec (cerca de 150 anos atrás), e como hoje se tornou relativamente mais comum dentre os médiuns, ao menos no Brasil.
Claro que um médium sensitivo poderá simplesmente guardar as “inspirações súbitas” e posteriormente transpô-las a um papel ou documento do Word [4], e de fato é assim que muitos grandes poetas elaboram sua poesia – não quando querem escrever, mas quando podem escrever... A psicografia é um pouco diferente, pois se dá no ato da experiência espiritual, e às vezes pode ser sugestionada durante os encontros em casas espiritualistas – de tal forma que, embora o médium não saiba exatamente sobre o que irá escrever, é quase certo que algumas páginas ao menos serão escritas. Alguns médiuns conseguem manter consciência plena enquanto as informações “passeiam de sua mente para o papel”, enquanto outros operam de forma semiconsciente ou inconsciente, de modo que as vezes nem sabem ler ou compreender plenamente o que acabaram de escrever.
A psicografia ou “escrita automática” sem dúvida pode ser “treinada” com o desenvolvimento mediúnico. Isso levanta muitas dúvidas entre os céticos acerca da origem exata desse tipo de informação – que pode ser paranormal, mas também fruto do inconsciente (animismo do próprio médium) ou até mesmo resultado de criptomnésia (quando o médium não se lembra de ter lido anteriormente alguma informação que, não obstante, agora passa para o papel como se fosse de um outro espírito). Todas essas dúvidas são válidas, e cabe ao próprio médium analisar constantemente o fruto de suas psicografias, afim de avaliar se não poderiam ser, afinal, apenas algo que estava guardado em alguma gaveta do seu próprio arquivo mental.
Muitas informações que nos chagam através de psicografias, no entanto, podem ser objetivamente verificáveis quanto a sua validade – como, por exemplo, quando descrevem algo que o médium não poderia saber de forma alguma, um evento da vida de um desconhecido, às vezes até mesmo o número da identidade de um “morto”, etc. Claro que, nem é preciso dizer: Chico Xavier nos trouxe inúmeras “provas” do tipo [5].
Na psicopictografia, temos um fenômeno bastante similar, só que voltado para a concepção de obras de arte, geralmente pinturas realizadas em extrema velocidade, a despeito da usual inabilidade do médium em si na produção artística.
» A seguir, alguns conselhos aos jovens médiuns...
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[1] A mediunidade pode ser considerada uma filha da magia, mas de forma alguma a abrange em todo o seu espectro. Muitas vezes usamos técnicas magísticas para autoconhecimento e realização de fenômenos que independem de outros espíritos além do nosso próprio; Neste e em inúmeros outros casos, a magia vai além da mediunidade.
[2] Para um estudo minucioso de todas ou quase todas essas manifestações, os livros compilados por Kardec (mediante consulta as respostas dos espíritos através de algumas jovens médiuns) ainda são a melhor fonte de referência – sobretudo, neste caso, O Livro dos Médiuns.
[3] Eu também cito meu encontro com uma médium vidente ostensiva no conto pessoal Dançando com ciganos.
[4] Há alguns médiuns da atualidade, como Róbson Pinheiro, que afirmam por vezes psicografar diretamente no teclado do computador. Seria muito interessante vermos um estudo científico deste tipo de fenômeno, particularmente com o monitor desligado.
[5] Para saber mais, ler As vidas de Chico Xavier (Leya), do jornalista (cético) Marcel Souto Maior, que também deu origem ao filme Chico Xavier.
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Crédito das imagens: [topo] Vice.com (Alan Moore); [ao longo] Anônimo
Marcadores: Alan Moore, Allan Kardec, arte, artigos, artigos (151-160), ceticismo, cristianismo, espiritismo, espiritualidade, magia, mediunidade
9 comentários:
Acho interessante lembrar que "direitos dos animais" é uma expressão meio inadequada, assim como os próprios "direitos humanos".
Se considerarmos por "direito" tudo aquilo que DEVE SER ou se DEVE TER, então estamos limitamos o mundo segundo uma regra muito pouco prática e, não raro, injusta e involutiva.
A verdade é que mesmo os piores atos e crueldades PODEM e, algumas vezes, DEVEM. Nada existe no universo, que possamos fazer, que seja naturalmente errado ou terrível. "Faze o que queiras, pois há de ser tudo da Lei" me parece uma frase que tem sua segunda parte geralmente ignorada - nenhum ser humano transcende a Lei, ninguém faz aquilo que está fora da natureza.
Crueldade é natural. Morte é natural. Trauma, dor, desgraça - Coisas da natureza.
O grande ponto da evolução, é que não precisamos passar por isso - já passamos, em passados distantes !
O universo se expande, e assim também fazemos nós mesmos, como almas : Ganhamos CAPACIDADES e alcançamos maiores patamares. Saímos dos domínios do básico, do ignorante, do incapaz, e buscamos novas capacidades.
Iluminar-se é descobrir algo completamente desconhecido, e dentre esses "algos", está praticamente tudo que é sutil. O denso já conhecemos, e já dominamos, e é porque já aprendemos essa lição - que já aprendemos a dominar, a ser cruéis, a destruir - que podemos passar para uma lição mais complexa e mais abrangente - de sermos amorosos, de sermos misericordiósos, de construir e depois de criar -.
"Direitos", portanto, são em grande parte uma forma de dizermos que todas as bases e conhecimentos aprendidos às duras penas são errados e devem ser esquecidos.
Não digo que devamos nos livrar deles - ainda não chegamos nessa lição, estamos muitos períodos atrasados !- mas também não devemos buscar por eles como limites ao que seremos e objetivo último de nossa caminhada.
Tudo no universo se baseia no círculo e na espiral, e assim andamos. Trevas e luz apenas se alternam na roda do destino, e sempre nos trazem maior conhecimento e capacidade.
Se hoje sutilizamos, em futuro breve teremos de aprender novas formas de materializar. "Dissolve et Coagula", como diriam os alquimistas : É necessário que sejamos grandes espiritos de luz, mas que nossa luz possa virar trevas também, pois somos crianças do Todo, e o Todo não é Luz nem Trevas - é ambos e nenhum, e apenas comportando ambos permite que exista nosso mundo. É necessário se ter o ardil do demônio para construir o inferno, mas YHWH possuía todo ele, ou jamais teria conseguido criar SHAITAN.
Bem obviamente só podemos falar em "direitos" para aqueles que reconhecem o direito de liberdade e, portanto, o direito de simplesmente ignorar quaisquer regras estabelecidas, sejam de convívio social, sejam preceitos morais, etc.
Faz o que tu queres, mas dia virá que compreenderá que o amor é a lei.
Dessa forma, não renego a escuridão, mas para mim ela não é algo por si só, uma substância. Ela é apenas ausência de luz. Portanto, ao avançarmos na via infinita, o fazemos dentro da guerra da fome e da morte, temendo a escuridão, mas terminamos por a agradecer ao final: foi graças a ela que chegamos a compreender a luz.
Agora que conhecemos a luz, agora que agimos nela naturalmente, nos tornamos amigos da "escuridão" - ela não nos aborrece mais.
Abs
raph
Mais um excelente texto Raph!
No momento não tenho nenhum comentário em especial sobre o tema desse post, mas queria te perguntar uma coisa da qual eu lembrei lendo-o.
Quando você lê a palavra "mistificação" e olha o significado dela no dicionário você não tem a impressão de que esse significado é um tanto quanto preconceituoso com o "misticismo"?
Esse significado deve ter surgido em um contexto onde se considerava que "místico" era sinônimo de "charlatão".
O que acha?
Oi Alfredo, obrigado.
Quanto a "mistificação", o problema é que o próprio termo "misticismo" é um dos termos mais mal utilizados, ou utilizados quase sempre fora de seu contexto original, que existem - assim como tantos outros termos como "ocultismo", "magia", "religião", etc.
Ainda tem o problema da semelhança do termo em inglês com "misty", que é algo "enevoado", que não podemos ter uma visão clara.
Na verdade, os místicos em geral não conseguem mesmo transmitir de forma clara o que sentem em suas experiências, porque palavras são e sempre serão apenas cascas de sentimento, mas isso não quer dizer que eles mesmos não tenham uma visão clara. Na verdade, provavelmente as visões das experiências místicas e religiosas genuínas sejam aquilo de mais claro e cristalino ao que temos contato na existência :)
Mas, enfim, eu uso o termo "mistificação" sem nenhuma relação com "misticismo". Se as pessoas compreendem dessa forma, é por pura ignorância do venha a ser exatamente o misticismo.
Abs
raph
Como sou praticamente leigo na doutrina espírita, confesso que tenho algumas ressalvas ainda com relação ao que seriam os "espíritos".
Eu sempre gostei dos seus textos, Raph, porque mesmo nas coisas que você acredita com fé você busca outras explicações na ciência ou mesmo em outras doutrinas.
Concordo quando você diz fala sobre os 96% (é esse o número?) de matéria desconhecida no universo, que faz qquer materialista cair do cavalo! Então ainda é cedo pra eu dizer "Espíritos não existem".
Mas confesso que tenho meus preconceitos com a doutrina sim! Não consigo "materializar" os espíritos na minha mente, principalmente quando você diz coisas como "entes queridos (...) costumam vir se despedir das pessoas amadas".
Por enquanto, minha crença em espíritos se resume à força vital de uma mente humana que habita um plano não-corpóreo após a morte. E eu não sei definir como seria esse plano também!
Vou continuar a leitura do artigo pra ver onde chego!
Sim segundo a teoria atual da matéria escura, apenas cerca de 4% da matéria do universo interage com luz, e por isso foi detectada, o resto corresponde a quantidade de matéria a energia necessários para explicar o movimento das galáxias, e também como conseguem manter suas estrelas unidas (em uma galáxia). A maior parte dos outros 96% nem é matéria escura, mas energia escura.
Isso não quer dizer, claro, que existam "seres de matéria escura". Mas também não quer dizer que não existam :)
***
O que você disse, sobre "força vital de uma mente habitando um plano não-corpóreo", é muito próximo do que o espiritismo entende por espírito.
Na verdade, como falo várias vezes no blog, o espiritismo não diz que espíritos são imateriais, mas apenas não corpóreos, formados por matéria fluida, não detectada...
Já sobre "como seria o plano dos espíritos", acho que essa é a parte mais polêmica da história, pois enquanto nos livros de Kardec não se fala muito no assunto, nos livros psicografados por Chico Xavier e outros médiuns brasileiros, temos relatos detalhados de "cidades espirituais", como Nosso Lar.
Eu tenho minha dúvidas se a intenção do espírito que ditou Nossa Lar, por exemplo (André Luis), era que nos preocupássemos mais com "o lado de lá" (tem livros posteriores, de outros médiuns, com mapas da cidade) do que com "o lado de cá"... Seja como for Nosso Lar e outras cidades espirituais, é algo que provavelmente se aproxima mais de um pensamento, um sonho, do que de uma cidade física como vemos do lado de cá :)
Abs
raph
Raph,
Na epoca da iniciação do espiristimo fez-se necessario o fenomeno do ecto plasma, pois o povo incredulo precisava ver para crer, passada isso não se fez mais necessario este tipo de materialização.
Os mediuns videntes tem essa faculdade pois necessitam para acreditar e seguir seus caminhos, nada é ao acaso, nossos amigos la de cima sabem o que fazem e tambem nós escolhemos os fardos que carregamos antes de vir a esta vida terrena...
Oi Wiyz,
Sim, faz sentido que no início do Espiritismo os fenômenos "físicos" fossem mais frequentes, no sentido de encaminhar os médiuns para o que realmente importava, que era a caridade e a reforma íntima, que ocorrem realmente em paralelo.
Mas o importante, em todo caso, é ir "além do fenômeno" e chegar a essência. Afinal, o maior de todos os fenômenos e milagres é, sempre foi e sempre será o Amor.
Abs
raph
Raph, ótima conclusão para o que comentei, sem o amor, o amor incondicional, nada teria sentido nessa vida, e o mediunidade esta ai a muito tempo tentando trazer isso ao mundo, o que nos resta é fazer o maximo que pudermos para transformar td e todos a nossa volta com amor e carinho.
PS.: Sou o Evandro Luiz D. Batista do facegrude, é que pra comentar tem q usar uma conta do gmail, hehehehe
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