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18.12.12

Amor químico

A ocitocina é um hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior (ambos partes do cérebro humano), e tem a função de promover as contrações musculares uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a amamentação. Segundo Paul Zak, um economista americano que estuda a ocitocina através de ferramentas de scanning cerebral, ela também está intimamente ligada a empatia, de modo que, quando alguém possuí ocitocina em níveis elevados, tende a se comportar de modo mais altruísta e amoroso. Zak a chamou de "a molécula do amor", mas alerta que é muito melhor produzi-la naturalmente do que, quem sabe nalgum dia, tomar algum "comprimido de amor". Um abraço é mais do que suficiente para aumentar a ocitocina, contanto que seja verdadeiro, contanto que haja empatia envolvida. Neste TED Talk, Zak fala mais sobre o assunto:

De fato, conhecermos os processos cerebrais envolvidos com a sensação, a experiência do amor, não necessariamente nos diz muita coisa acerca do amor. Se o amor for apenas uma "regulação hormonal", poderíamos compará-lo a um combustível que faz com que um dado automóvel possa se locomover... Mas nenhuma analogia científica e racional parece dar conta da complexidade envolvida no amor. Afinal, se o amor é um combustível, ele é um combustível especial: que, quanto mais é utilizado, mais potente se torna. Com um litro somos capazes de dar a volta ao mundo, contanto que continuemos a ter a coragem de manter o pé no acelerador. O amor é um combustível que não termina nunca - sendo assim, será possível que possamos "nos abastecer de amor", como quem se abastece de vitamina C?

Nesta animação a seguir, projeto final de Nadav Nachmany para sua faculdade de artes e design, temos uma visão um tanto quanto sombria de como pode ser a vida de alguém "viciado em pílulas de amor", em amor químico... Dá o que pensar:

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Crédito da imagem: Tim Pannell/Corbis

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