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28.3.19

As Canções de Kabir

Rabindranath Tagore foi o primeiro não ocidental a vencer o Prêmio Nobel de Literatura, em 1913, e também o único ser humano responsável pela composição do hino nacional de duas nações: Índia e Bangladesh. Tagore foi um dos maiores poetas do Oriente, e aquele que conferiu o título de “Mahatma” (grande alma) a Gandhi. Mas este artigo não quer tratar de Tagore ou de sua poesia, e sim da sua grande fonte de inspiração: um homem, um poeta, uma lenda conhecida simplesmente como Kabir (“Grande”, em árabe).

Pouco se sabe da sua história com exatidão além de que viveu a maior parte da vida na cidade de Varanasi, no nordeste da Índia, durante o século XV (e início do XVI). Varanasi, às margens do Ganges, é uma das principais cidades do hinduísmo, e uma das cidades continuamente habitadas mais antigas da humanidade, com pelo menos 3 mil anos.

Tendo nascido aproximadamente em 1440 nos arredores de Varanasi, e morrido aproximadamente em 1518 na cidade próxima de Mughar, Kabir passou toda a vida sob o domínio islâmico do Sultanato de Delhi (1206-1526), que no entanto era consideravelmente tolerante para com as práticas hindus. Apesar de possuir um nome árabe, Kabir sempre desdenhou dos rótulos religiosos e das castas sociais, tanto que é até hoje considerado islâmico e hindu ao mesmo tempo (o que, mesmo naquela época, já era algo incomum).

Muito bem, a partir deste ponto, a realidade se confunde com a lenda... Segundo a tradição, Kabir nasceu numa família que professava o hinduísmo, pertencente à casta dos brâmanes (a mais “elevada” delas, reservada aos sábios e sacerdotes). Porém, seu pai morreu cedo e a sua mãe, sem ter condições de educá-lo, o ofereceu em adoção. Kabir foi adotado e educado por um casal de muçulmanos relativamente pobres, o tecelão Niru e sua esposa Nima. Naquele tempo, como ainda hoje, a comunidade islâmica de Varanasi dominava a produção e o comércio de tecidos finos. Assim sendo, Kabir alcançou cedo a maestria na arte da tecelagem, e durante o restante da vida trabalhou com ela.

Quando seu pai adotivo morreu, Kabir assumiu o seu posto como tecelão e vendedor de tecidos, de onde tirava o pálido sustento dele e da mãe. Durante o trabalho, no entanto, entrava frequentemente em êxtase místico e, assim absorto noutros mundos, tecia peças fora da medida ou era facilmente roubado por ladrões quando as expunha no mercado. Era necessário que ele disciplinasse tal vocação espiritual, e foi assim que procurou ajuda no ashram de Ramananda, um dos maiores expoentes da bhakti yoga no hinduísmo da época.

Felizmente, Ramananda também foi um dos primeiros grandes mestres daquele tempo a aceitar discípulos de todas as castas e credos. Tomando contato com aquele jovem tecelão, não se importou que fosse pobre e vindo de família islâmica: viu, em seus olhos, toda a sua potência espiritual, e logo o acolheu.

Sob a generosa tutela deste grandioso mestre, Kabir em poucos anos veio a alcançar ele mesmo o status de santo e sábio, reconhecido por muitos discípulos e inúmeros admiradores (inclusive advindos do islamismo). Mas a lenda de Kabir vai além: mantida em sigilo por séculos, a informação de que ele também teria sido instruído por outro mestre foi revelada por Paramahansa Yogananda (1893-1953) em sua célebre autobiografia. Segundo nos revelou Yogananda já no século XX, Kabir também teria sido instruído por Bábaji, um lendário iogue de sua época (considerado por muitos hindus como “o maior dos iogues perfeitos”).

A conexão de Kabir com grandes místicos do seu século não termina aí. No siquismo se diz que Kabir também foi uma das inspirações do próprio guru Nanak (1469-1539). A poesia de Kabir também encontra paralelos evidentes tanto com o misticismo hindu (sobretudo a bhakti yoga) quanto com o sufismo, o misticismo islâmico.

Assim sendo, não surpreende que Tagore, não mais do que dois anos após alcançar o reconhecimento ocidental com o seu Nobel, tenha se dedicado a selecionar e traduzir poemas de Kabir para o inglês. Através desta obra, Songs of Kabir (As Canções de Kabir), o grande poeta de Varanasi foi finalmente conhecido no Ocidente.

Antes de lhes apresentar trechos deste livro, resta-nos ainda uma última lenda (ou anedota) por contar:

Quando Kabir morreu, tanto os hindus quanto os muçulmanos o reivindicaram como deles e houve uma disputa para cremar ou enterrar seu cadáver. Os hindus queriam cremá-lo conforme a sua tradição e os muçulmanos queriam enterrá-lo, seguindo seus costumes. Há uma história popular a respeito de sua morte, que é ensinada como evento histórico em muitas escolas indianas: ela conta que quando abriram o caixão para disputar o corpo, lá encontraram um livreto sobre sua filosofia desdenhando tanto as crenças hindus quanto as islâmicas, e um buquê com suas flores favoritas! O corpo do santo havia desaparecido e nunca jamais foi encontrado.

Agora sim, para encerrar, algumas canções de Kabir (na tradução de Rafael Arrais):

IV.

Não vá até o bosque!
Ó meu amigo, não vá!

Em seu corpo
existe o bosque, cheio de flores...
Tome o seu lugar
numa das milhares de pétalas da lótus,
e então contemple
a Beleza Infinita.


XIV.

O rio e suas ondas
fluem como um só:
qual a diferença entre eles?

Quando se eleva a onda,
ela é a água;
e quando ela rebenta,
ainda é a mesma água...
Diga-me, ó senhor,
onde está a diferença?

Se acaso a chamaram "onda",
não pode mais ser chamada "água"?

Nas mãos de Brama,
os mundos estão sendo contados
um a um, como as contas de um rosário:
contemple-o com os olhos da sabedoria.


XVI.

Entre os polos da consciência e da inconsciência,
lá a mente fez a sua oscilação:
neste movimento se sustentam todos os seres e todos os mundos,
e este pêndulo jamais deixa de oscilar.

Milhões de seres estão lá;
o sol e a lua e os seus cursos estão lá.
Passam-se milhões de anos,
e seu movimento persiste...

Tudo em fluxo!
O céu e a terra e o ar e a água,
e o próprio Lorde tomando forma:
foi esta a visão que fez de Kabir um servo.


raph

***

Bibliografia
The Songs of Kabir, trad. Rabindranath Tagore (diversas editoras); Kabir: 100 Poemas, trad. José Tadeu Arantes (Attar Editorial); Wikipédia.

Crédito das imagens: [topo] Google Image Search; [ao longo] Joel L.

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25.3.19

O Ritual das Cores

Neste vídeo finalmente praticaremos juntos um ritual mágico capaz de catalisar poderosos efeitos placebos de cura, mas não sem antes tentarmos compreender melhor o que diabos é um efeito placebo, e como um vencedor do prêmio nobel de Química, Linus Pauling, acabou criando o maior efeito placebo da história humana... Se você nunca praticou magia, esta é a sua chance de começar! (edição por Colossi Estúdio Gráfico)

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21.3.19

Os Amantes

Este é o Tarot da Reflexão, uma antiga e elaborada história em quadrinhos sobre nós mesmos. Eu decidi embarcar nesta aventura com o meu amigo e ilustrador, Roe Mesquita, que desde o início tem dado o sangue para tornar imagem – belíssimas imagens cheias de cor e de vida – o que antes era pura intuição, pura brisa etérea chegando sabe-se lá de que canto do universo em meu coração.

Hoje encontramos Os Amantes:

Rafael Arrais é autor do blog Textos para Reflexão e receptor do livro 49 noites antes da Colheita, com poemas sobre a Kabbalah e o Sefirat ha Ômer.

Roe Mesquita é artista profissional e ilustrador do cardgame Pequenas Igrejas Grandes Negócios, uma crítica bem humorada ao charlatanismo espiritual.

***

O Tarot da Reflexão é um projeto em andamento. Se um dia for publicado, vocês serão avisados! Enquanto isso, no entanto, vocês já podem acessar o Tarot da Reflexão Online.

Sintam-se a vontade para comentar e nos dizer como vocês interpretam os símbolos da carta acima...

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18.3.19

O que é magia?

Neste vídeo damos prosseguimento ao que já foi dito sobre a magia no canal, desta feita focando na definição de prática mágica dos tempos modernos, afinal o xamanismo já não é mais o mesmo após dezenas de milhares de anos! Assim, tentaremos uma vez mais desvendar os mistérios e segredos da Arte, com a ajuda de grandes magistas: Éliphas Lévi, Aleister Crowley e, não menos importante, Mr. Alan Moore... Também tentarei explicar algumas diferenças entre os sistemas mais tradicionais de magia e o sistema mais pop dos dias atuais: a magia do caos! Fiquem até o fim para ver minhas indicações de podcasts, canais no YouTube e livros sobre o tema.

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16.3.19

Parmênides, Heráclito e a disputa pelo Ser

Em boa medida a história da filosofia se construiu pelo embate de ideias, principalmente no Ocidente. Hoje em dia é comum analisarmos qualquer embate do tipo, também chamado de “treta”, como uma disputa onde um lado precisa humilhar o outro, mas nem sempre foi assim... Na verdade, de um embate de ideias virtuoso, onde pedras se chocam não para tirar lascas umas das outras, mas para produzir faíscas de pura luz, é que surgiu o incêndio do pensamento genuinamente filosófico; e tal fogo arde até hoje, apesar dos séculos.

Que se saiba, o primeiro grande embate entre ideias da filosofia ocidental ocorreu na antiga Grécia, pouco antes do nascimento de Platão. Tal embate contou com duas posições antagônicas – Parmênides de Eleia e Heráclito de Éfeso –, e aquele que de alguma forma sintetizou suas ideias, o grande Sócrates.

Parmênides e o Ser
Tudo indica que Parmênides escreveu somente uma única obra, um poema intitulado Da Natureza, que sobreviveu aos séculos a partir da citação de fragmentos nas obras de outros autores. Assim, o que nos resta do seu pensamento são somente fragmentos copiados do original. Ainda assim, tais fragmentos possuem trechos tão profundos que influenciaram inúmeros pensadores posteriores, do próprio Platão a Benedito Espinosa, já dezenas de séculos depois.

Seu poema também fundou a ontologia, a ciência (logoi) do ser (ontos). Basicamente, o que Permênides defende é que tudo o que há, foi ou será é parte de um mesmo Ser, que não pode jamais ter deixado de existir, nem por um momento. Assim, tudo o que existe é parte do que é e sempre foi e sempre será, o Ser. Em suas palavras:

Como poderia [o Ser] ter sido gerado? E como poderia perecer depois disso? Assim a [sua] geração se extingue e a [sua] destruição é impensável. Também não é divisível, pois que é homogêneo, nem é mais aqui e menos além, o que lhe impediria a coesão, mas tudo está cheio do que é. Por isso, é todo contínuo; pois o que é adere intimamente ao que é.

Talvez a melhor forma de explicar tal ideia nos tempos atuais seja compará-la ao conceito do tecido espaço-temporal: se é que existe apenas este universo em que vivemos, fato é que não há nada “fora dele”, pois desde o Big Bang vivemos dentro do mesmo espaço-tempo, sendo até mesmo o próprio tempo somente mais uma das dimensões deste “todo”. Muita gente, até mesmo cientistas, até hoje se choca e se encanta com tal pensamento: pois bem, Parmênides foi um dos primeiros homens a concebê-lo em toda a sua profundidade!

No entanto, o grande “problema” do pensamento de Parmênides, e que lhe rendeu inúmeros críticos ao longo da história, é que a partir do pressuposto lógico de que só existe um único Ser do qual tudo o mais é parte derivante, ele se dedicou a refletir sobre a imutabilidade deste Ente, e aparentemente chegou a surpreendente conclusão de que nada no mundo de fato muda, e que a própria mudança, ou a própria percepção do tempo, é nada mais que uma ilusão causada por nossos sentidos falhos.

Ora, não foi a primeira nem a última vez que um filósofo extrapolou um pensamento lógico e o transportou diretamente para a nossa realidade subjetiva; mas sem dúvida foi, até hoje, uma das formas mais brutais com que isto foi feito.

(Dito isso, em meio aos fragmentos de seu poema, nos chegou um (III) em que lemos tão somente: ...pois o mesmo é pensar e ser. Teria sido extraordinário se mais algum trecho dessa parte do poema tivesse sobrevivido.)

Heráclito e o “fogo sempre vivo”
Diz-se que o grande contraponto a tal ideia de imutabilidade surgiu de Heráclito, um filósofo que viveu mais ou menos na mesma parte do mundo, e que provavelmente nasceu enquanto Parmênides ainda era vivo. É difícil cravar, no entanto, que Heráclito tomou contato com o pensamento de Parmênides. Fato é que a obra que lhe foi atribuída pelo historiador Diógenes Laércio tinha um título quase idêntico: Sobre a Natureza. Mas isto por si só não deveria ser grande motivo de surpresa, uma vez que era justamente sobre a natureza que muitos pensadores daquela época se dedicavam (aliás, até poucos séculos atrás, muitos cientistas ocidentais na realidade se autointitulavam “filósofos da natureza”).

Diógenes também acusou Heráclito de escrever de forma “obscura, próxima das sentenças oraculares”. Ademais, também nos chegaram tão somente fragmentos de sua obra – infelizmente, em número ainda menor do que os de Parmênides. Dessa forma, o que se sabe se seu pensamento é, em boa medida, mais uma construção tardia do que algo embasado.

Ao contrário de Parmênides, Heráclito ficou famoso pela defesa da ideia oposta à imutabilidade: “tudo flui” (panta rei) ficou conhecido como o seu grande “mantra”. Por exemplo, um trecho particularmente famoso de sua obra fala do fluxo dos rios (XII):

Para os que entram nos mesmos rios, afluem sempre outras águas.

Assim, imaginando esta cena de um homem atravessando um rio, podemos claramente conceber que, a despeito do mesmo rio poder permanecer séculos atravessando o mesmo local, em nenhum momento é a mesma água que corre através dele. Dessa forma, se um homem atravessa este rio pela manhã, quando retorna pela tardinha, e o atravessa novamente, já está a atravessar outro rio: as suas águas já não são as mesmas.

Ora, Parmênides poderia afirmar que na realidade é uma ilusão sensorial que faz com que acreditemos que o Ser se modificou na medida em que as águas desceram pelo rio. Mas então, será mesmo que Heráclito se colocaria diametralmente em oposição a ele? Honestamente, eu tenho minhas dúvidas...

O Ser imutável de Parmênides não é o mesmo que o rio mutável de Heráclito, dentre outras razões pelo fato de o rio ser somente a parte de um “todo”. Heráclito jamais negou este “todo”, que ele chamava de Logos; de fato a sua obra se inicia assim:

Com o Logos, porém, que é sempre, os homens se comportam como quem não compreende tanto antes como depois de já ter ouvido [acerca dele]. Com efeito, tudo vem a ser conforme e de acordo com este Logos...

E nos trechos XXX e XXXVI temos complementos poderosos a esta ideia:

O mundo, o mesmo em todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez, mas sempre foi, é e será, fogo sempre vivo, acendendo segundo a medida e segundo a medida apagando.

Para os ventos, morte vem a ser água, para a água, morte vem a ser terra; mas da terra nasce a água, e da água, [nasce] o vento.

Para Heráclito, portanto, tudo o que existe jamais poderia ser resumido em mera “mudança” (como alguns intérpretes supuseram, de maneira preguiçosa), mas antes às infindáveis mudanças do Logos, ou do “fogo sempre vivo”.

A reconciliação platônica
Segundo Platão, Sócrates teria reconciliado e sintetizado as ideias de Parmênides e Heráclito no célebre mundo das ideias, onde as formas perfeitas subsistiam imutáveis, para que seus reflexos pudessem existir de forma mutável no mundo sensível; isto é, neste mundo que vemos com os olhos e cheiramos com o nariz.

Pois bem, esta é uma das formas de reconciliar tais ideias... mas, será que elas precisavam mesmo de uma síntese tão extravagante? Seriam elas assim tão opostas, no final das contas?

A Substância de Espinosa
A despeito de ser usualmente listado como grande defensor da vertente de Parmênides, Benedito Espinosa, o grande filósofo holandês, parece ter alcançado uma síntese bem mais lógica e profunda em sua obra-prima, a Ética demonstrada à maneira dos geômetras.

Logo no início da obra, Espinosa chega a sua grande declaração lógica, que afirma que “uma substância não poderia gerar a si mesma”. Assim sendo, fica claro que a Substância de Espinosa se assemelha ao Ser de Parmênides.

No entanto, para Espinosa o fato de existir uma só substância não quer dizer que as suas infindáveis subdivisões sejam mero fruto de uma onipresente ilusão sensorial: nada disso, as coisas poderiam se modificar sem perder a sua essência substancial, as águas de um rio poderiam correr por séculos sem que o rio deixasse de ser rio.

Nesse sentido, a ideia de Espinosa para a Substância também se casa perfeitamente com o Logos, o “fogo sempre vivo” de Heráclito. O fato de haver mudança constante no mundo não significa que nada tenha uma essência, uma substância da qual deriva em última instância.

E fica ainda mais simples compreender se retornarmos à ciência: disse Lavousier que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Ora, se de fato é assim (e até agora a ciência não provou o contrário), isto significa que os mesmos átomos que formavam o hélio e o hidrogênio do início deste universo ainda estão aqui, e se acaso elementos pesados foram formados no núcleo das estrelas, e se acaso se formaram o Sistema Solar, a Terra e os seres humanos, nada disso quer dizer que o espaço-tempo deixou por um momento sequer de existir.

Assim, seja Ser, Logos ou Substância, tudo o que é, foi e será continua sendo o mesmo Cosmos. E nós somos uma forma do Cosmos conhecer a si mesmo. Nós somos aqueles que atravessam os rios, e os rios correm para sempre, embora jamais sejam, por um momento sequer, o que foram antes, ou o que virão a ser.


raph

***

Bibliografia
Os pensadores originários. Anaximandro, Parmênides e Heráclito. Editora Vozes de Bolso.
Da natureza. Parmênides. Edições Loyola.
Parmênides. Platão. Editora PUC Rio e Edições Loyola.

Crédito das imagens: [topo] Google Image Search (Parmênides); [ao longo] Ben Blennerhassett/unsplash

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4.3.19

Pedras preciosas: um conto sufi

Neste vídeo eu trago um conto espiritual dos sufis, os grandes representantes do misticismo islâmico. Se nosso trem para em meio a escuridão do deserto e uma voz nos diz que há pedras preciosas na areia lá fora, teremos coragem de sair a sua busca mesmo sob a noite escura?... Ao final, ainda recito um poema de Rumi, poeta sufi do século XIII e um dos grandes responsáveis pela disseminação do sufismo no Ocidente. (edição por Colossi Estúdio Gráfico)

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