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28.9.16

A canção da Unidade

Ainda lembro a primeira vez em que ouvi esta voz vinda diretamente do céu. Era um show de rock no Ocidente, mas era também um show de Peter Gabriel, ex-vocalista do Genesis que, além de músico, é também um produtor musical de mão cheia, que nunca limitou seu olhar somente a música ocidental. Foi achar justo no Paquistão esta voz celeste, a voz de Nusrat Fateh Ali Khan.

Na época, década final do século passado, antes dos atentados de 11 de Setembro, os islâmicos não eram tão facilmente associados a atos de terrorismo e intolerância, porém já se pressupunha uma grande ortodoxia religiosa, sobretudo no meu caso que não conhecia nada de islamismo...

Assim, por anos dancei as músicas de Nusrat me sentindo um herege, pois supunha que todos deviam ouvir os cânticos religiosos, quase todos falando da unidade divina ou do amor universal, da mesma maneira com que eram cantados por Nusrat e seu grupo familiar (literalmente, a maior parte são parentes): sentado e em posição respeitosa.

Somente muitos anos depois fui descobrir o sufismo de Rumi e Shams de Tabriz, e então entendi que tais canções sempre foram sufis, sempre foram místicas, e os místicos jamais limitam as expressões da alma: as incentivam! Hoje sei que não foram poucos os shows onde parte da plateia dançava próxima ao palco, próxima a voz celeste de Nusrat. E ele, conectado que estava ao céu, nunca ligou para nenhuma possível “heterodoxia” em tais danças.

Nusrat também buscou se aproximar do Ocidente. Peter Gabriel foi somente uma de suas parcerias. Cantou por toda a Europa, e tem exibições memoráveis em Paris. Infelizmente nos deixou ainda antes da virada do século, mas a sua voz perdura e ainda deve perdurar por muitas gerações. Nusrat foi o tipo de cantor que não encontra paralelo, que não pode ser imitado, enfim, um artista único...

A canção abaixo, Allah Huu [Deus é], é um canto acerca da Unidade. Para quem conseguir acompanhar a quase meia hora, e todas as improvisações vocais (ou magias) do percurso, o dia poderá se tornar verdadeiramente especial – quiçá, inesquecível!

A tradução do urdu para o inglês é encontrada ao longo dos comentários do vídeo na página do YouTube, e aparentemente corrige alguns erros das próprias legendas. Eu obviamente somente traduzi do inglês para o português. Segue abaixo os versos em urdu seguidos dos versos correspondentes em português:

Malik-Ul-Mulk, Lashareeka Lahoo
Ó governante do mundo, você não tem iguais
Wahadahoo Laa Ilaahaa Illaahoo
Você é o prometido, não há nada além de ti
Shams Tabraiz Gar Khuda Talabee
Shams de Tabriz [grande sábio sufi] é o seu estudante
Khushboo Khuwan La Illaha Illahoo
Em cada fragrância, não há nada além de ti
Qounain Ka Masjood Hai Maa'bood Hai Tu
Ó criador, você é venerado nos dois mundos
Her Shay Teri Shahid Hai K Mashhood Hai Tu
Tudo o que há é testemunho da sua manifestação
Her Aik K Lab Per Hai Teri Hamd-O-Sana
Cada lábio guarda uma oração para ti
Her Sooz Mein Her Saaz Mein Moujood Hai Tu
Em cada acorde, em cada canção, você está presente

Tere He Naam Say Her Ibtida Hai
Tudo se inicia em seu nome
Tere He Naam Per Tak Intiha Hai
Tudo se encerra em seu nome
Teri Hamd-O-Sana Alhamdulillah
Todo o louvor pertence a Allah
K Tu Mere Mohammad Ka Khuda Hai
Você, o Deus de Maomé...

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

[Allahu Akbar é uma conhecida expressão árabe que significa "Deus é grande"; aqui no entanto eles cantam somente "Deus é", repetindo várias vezes a mesma frase que dá nome a própria canção]

Yeh Zameen Jab Na Thi Yeh Jahaan Jab Na Thaa
Quando esta terra e este mundo ainda não existiam
Chaand Suraj Na Thay Aasman Jab Na Tha
Quando não havia lua, sol ou céu
Raaz-E-Haq Bhi Kisi Per Ayaan Jab Na Tha
Quando o segredo da verdade ainda era desconhecido
Tab Na Tha Kuch Yahaan Tha Magar Tu Hee Tu
Quando nada havia, havia ti

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

Har Shay Tere Jamaal Ki Aainaa Daar Hai
Tudo que há é um reflexo da sua glória
Har Shay Pukaarti Hai Tu Parvardigaar Hai
Tudo o que há clama: você é o Senhor

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

Teri Ruboobiyat Ki Ada Ka Kamaal Hai
Esta é a distinção da sua visão arrebatadora:
Tu Rab-e-Qayaanat Hai, Tu Lajwal Hai
Você é o Senhor do Universo, não há rivais para ti

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

Tu Jo Her Aan Nayi Shaan Dikha Deta Hai
Você que revela uma nova beleza a cada instante
Deeda-E-Shouq Ko Hairan Bana Deta Hai
E surpreende mesmo aqueles que anseiam por mais e mais
Daali Daali Teri Takhleeq K Gun Gaati Hai
Cada jovem canta a sua criação
Patta Patta Teri Qudrat Ka Pata Deta Hai
Cada folha é uma assinatura da sua natureza

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

Laa Ilaahaa Teri Shaan Ya Wahdahoo
Meu Deus, você é todo o esplendor que nos foi prometido
Tu Khayaal-O-Tajassus Tu He Aarzoo
Você é a curiosidade, você é o desejo
Aankh Ki Roshni Dil Ki Awaaz Tu
A luz dos meus olhos, a voz do meu coração
Tha Bhi Tu! Hai Bhi Tu! Hoga Bhi Tu Hee Tu!
Você foi, é e sempre será! Somente ti, somente ti!

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

Khaalik-E-Kul Hai Tu Is Mein Kia Guftagu
Você é tudo, e é este o argumento que aqui se encerra:
Saare Aalam Ko Hai Teri He Justaju
Todo o mundo busca somente por ti
Teri Jalvaagari Hai Ayaan Chaar Su
Pois a sua magnificência se encontra em cada canto desta terra
La Shareeka Lahoo Maalik-E-Mulk Tu
Ó governante do mundo, você não tem iguais

Allah Huu! Allah Huu! Allah Huu! [várias vezes]

(trad. Rafael Arrais)

***

Nota: No vídeo Nusrat acrescenta bastante coisa a letra, o que muitas vezes parece ser um discurso de improviso inspirado no momento. Se formos considerar a história de conflitos entre Índia e Paquistão, não é de surpreender que ele muitas vezes cite os hindus e os islâmicos, inclusive os repreendendo. Os sufis, apesar de surgidos do Islã, são universalistas o suficiente para conservarem este tipo de olhar crítico para com sua própria religião.

Crédito da foto: Google Image Search/BBC/Divulgaçao (Nusrat Fateh Ali Khan)

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27.9.16

Existem os anjos?

Não sei se os anjos existem,
mas sei que há mundos sem fim,
estrelas incontestáveis
a salpicar a noite –
não desejariam tantas e tão belas
serem admiradas por nós
aqui embaixo?

Não foi sua luz criada
para ser contemplada?
Para guiar os girassóis,
aquecer os corações
e reger as primaveras?

E estes pássaros
que vêm bailar pelo bosque,
e anunciar a nova manhã
em pios melodiosos,
seriam eles tão belos,
seriam eles tão pássaros,
seria, enfim, a natureza tão natureza
sem nós aqui
a observar tamanha imensidão?

Não sei se os anjos existem,
mas sei que mesmo aqui embaixo,
nesse mundo de chumbo,
ainda estamos ao alcance das estrelas,
e sua luz ainda nos acaricia,
e sussurra em nossos ouvidos
canções mudas e eternas
na linguagem da alma...

E, se tal idioma existe,
é provável que os anjos filólogos
estejam somente esperando
que nós nos tornemos
literatos do coração:

“Olá meu irmão, minha irmã,
olá andarilhos dos reinos de baixo,
hoje vocês já sabem nossa língua,
hoje já posso lhes falar sobre os mistérios
e as maravilhas infindáveis
que nós voadores catalogamos
nos mundos de cima”


raph'16

***

Crédito da imagem: Google Image Search/Den Belitsky

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20.9.16

Palestra: Poetas da Alma

Depois de muita insistência de amigos de todos os cantos, eu finalmente vou dar a minha primeira palestra pública...

O título será Poetas da Alma, e embora todos os verdadeiros poetas sejam naturalmente poetas da alma, darei um destaque maior a história e a poesia dos meus quatro preferidos: Fernando Pessoa, Khalil Gibran, Rabindranath Tagore e Jalal ud-Din Rumi. Para quem já acompanha este blog há tempos, eles já devem ser velhos conhecidos. Para quem não acompanha, será uma grande oportunidade de conhecer poetas grandiosos.

O local será em Campo Grande/MS, onde moro, num espaço espiritualista recém-inaugurado chamado SuryAmar. Para quem não puder ir, prometo que irei compartilhar todos os slides usados na palestra, mas ainda não posso confirmar se ela será filmada. Vejam as informações completas do evento abaixo:


Poetas da Alma, com Rafael Arrais
Seja você a poesia do Natal de uma criança

Dia 09 de Dezembro de 2016, das 19 às 21h
SuryAmar Espaço Integral do Ser
Rua Enoch Vieira de Almeida, 149 | Campo Grande/MS
Inscrições: (67) 99223.8570  

O valor do convite é a doação de 2 brinquedos para ambos os sexos que serão doados para caridade.


***

Atualização: Gratidão aos que compareceram! Segundo um dos espectadores, foi um verdadeiro "banho na alma". Me senti realizado, pois era essa mesmo a ideia: que ela fosse mais uma experiência poética do que uma palestra acadêmica.

Para quem não pôde ir, seguem abaixo os links com **todos** os slides da palestra e algumas fotos do evento:

Vejam os slides da palestra Vejam as fotos da palestra

 

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14.9.16

Os domingos precisam de feriados

Texto por Nilton Bonder, rabino e escritor. Os comentários ao final são meus.

Toda sexta-feira à noite começa o shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino, no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. Hoje, o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações ‘para não nos ocuparmos’. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo.

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim. Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado.

Nossos namorados querem ‘ficar’, trocando o ‘ser’ pelo ‘estar’. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI – um dia seremos nossos? Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos.

Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair – literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é ‘o que vamos fazer hoje?’ – já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande ‘radical livre’ que envelhece nossa alegria – o sonho de fazer do tempo uma mercadoria. Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar. Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.


Comentários
Quando o tempo é compreendido como dinheiro, todo o tempo, a própria vida se torna um trabalho sem fim, isto é, um trabalho escravo. E o pior de tudo é que, quando estamos profundamente seduzidos por tal ideia, somos o escravo ideal: aquele que se apraz com sua escravidão, e até mesmo a glorifica.

Isso nada tem a ver com falta de disciplina. É perfeitamente possível ser disciplinado no trabalho e no lazer. É perfeitamente possível organizar o dia a dia ao ponto de valorizar mais o lazer que o trabalho, de modo a ser o mais produtivo possível no menor número de horas. Na Escandinávia já estão se voltando para uma jornada de 6h diárias de trabalho, com aumento de produtividade. Não à toa, eles são o primeiro mundo do primeiro mundo.

E faz todo sentido: o que valoriza o seu trabalho, para além de se amar o que faz (o que nem sempre é possível, ao menos não 100% do tempo), é exatamente o que ele lhe proporciona de lazer. E lazer não é gastar o tempo com entretenimento ou consumismo desenfreado. Lazer, de verdade, é poder contemplar a imensidão do mundo, é poder usar um dia todo para não fazer absolutamente nada. Nada além de estar aqui, vivo, existindo. Lazer, enfim, é viver o tempo, e não gastá-lo.

Os índios já sabiam disso, talvez por isso eles falem que o mal do homem moderno é o seu grande esquecimento. Para a alma, afinal, só existe o agora. E, para quem acha que tempo é dinheiro, esse agora se torna uma mercadoria além de qualquer possibilidade de aquisição.

***

Crédito da foto: Steve McCurry (Rio de Janeiro visto de Niterói)

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8.9.16

Simpósio de Hermetismo, 2016

O Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas, organizado pela Associação Educacional Sirius-Gaia, chega à sua quinta edição. Comprometido com os valores de pluralidade, autoconhecimento e evolução o evento este ano orbita o tema A Grande Obra: o caminho e a responsabilidade.

Poucos temas poderiam ser tão importantes e tão desafiadores. A realização da Grande Obra é o objetivo de quem se compromete com o autoconhecimento: conhecer-se e integrar sua Verdade à Vida, a ponto de que não exista ato fora dela - é a ambição máxima para um Hermetista.

Existem diversos nomes para tal Estado tanto quanto existem filosofias: descoberta e exercício da Verdadeira Vontade, Iluminação, Despertar, tornar-se Justo etc. Os nomes variam tanto quanto os métodos existentes, mas a meta final é uma: manifestar na terra a Verdade de cada um.

Cada caminho diverge do outro tanto quanto cada caminhante diverge do outro, mas todos trazem em comum algumas características:

» Trata-se de um caminho. Não se espera uma solução imediata, do dia para a noite, mas um caminhar gradual e que se constrói passo a passo no dia a dia do magista.

» Traz responsabilidade. Aquele que conhece a Verdade torna-se responsável por se comportar de acordo com ela e, muitas vezes, torna-se também responsável por todos aqueles que ainda vivem em estado de torpor e desconhecimento.

O V Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas traz, portanto, em 2016, a exposição e conversação entre as mais diversas filosofias a respeito desses três pontos: o caminho, a prática e a responsabilidade daquele que busca a realização da Grande Obra. O evento ocorrerá durante os dias 26 e 27 de Novembro em São Paulo, no Espaço Federal, na Avenida Paulista, 1776, primeiro andar (próximo ao metrô Trianon-Masp).

» Inscreva-se já! (quanto mais cedo, menor o valor)

» Veja a programação completa

***

Nota: Já me inscrevi para o Simpósio deste ano, e devo estar pessoalmente no evento (como espectador). Se você curte este blog, além de poder me encontrar por lá, provavelmente deverá curtir o que os palestrantes têm a nos passar. Mas, para além do ganho de conhecimento, o que é mais interessante num evento como esse é exatamente poder encontrar pessoalmente todos os demais "loucos" que se interessam por tais assuntos. Há uma sensação de comunidade e pertencimento que pode ser bastante agradável aqueles que têm a alma aberta :)

Crédito da foto: AESG/Divulgação

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4.9.16

Entrevista com Raph Arrais

Embora nem sempre esteja muito evidente, tanto Raph quanto Rafael Arrais são a mesma pessoa, e é esta a mesma quem escreve este blog. Nessa entrevista para meu amigo Igor Teo [1], falo um pouco mais sobre a história do blog, assim como sobre poesia, criatividade, morte, amor, e algumas coisas mais...

Lá pelas tantas, em homenagem ao saudoso Abujamra, tento até mesmo responder a pergunta "o que é a vida?":

***

[1] O Igor, que alguns devem conhecer dos livros que publicamos pelas nossas Edições Textos para Reflexão, está com um projeto de popular o seu canal no YouTube com uma variedade de vídeos. Alguns são só dele, mas noutros temos hangouts com mais pessoas. Para quem se interessar, semana passada também participei do primeiro episódio do Hangout Reflexões

Crédito da imagem: raph + Prisma (sim este sou eu)

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