Complementando o post anterior, mais informações sobre a Glândula Pineal e o que os espiritualistas chamam de "terceiro olho" em diversas religiões:
Mistérios do terceiro olho
Tão pequena quanto uma ervilha e na forma de pinha – daí o seu nome –, a glândula pineal é considerada como um terceiro olho, pois tem a mesma estrutura básica de nossos órgãos visuais. Acreditava-se, até há pouco tempo, que era um órgão atrofiado, um olho não desenvolvido, de funções indefinidas. Mesmo assim, despertou o interesse dos cientistas, que descobriram funções relacionadas à física e aos fenômenos paranormais.
Antena Parabólica
Constataram que, como uma antena, a pineal, também chamada de epífise, é capaz de captar radiações eletromagnéticas da lua – que regula ciclos menstruais, por exemplo –, as radiações eletromagnéticas vindas do sol e ainda despertar a produção de certas substâncias neurotransmissoras, que estimulam a atividade física e mental. Também é a glândula pineal que ativa a produção de hormônios sexuais no início da puberdade, iniciando-se assim o ciclo da reprodução humana. Nos animais (sim, ela também está presente neles), capta os campos eletromagnéticos da Terra, orientando as migrações das andorinhas ou das tartarugas, por exemplo. E há ainda funções muito intrigantes relacionadas a esse ponto no centro do cérebro. A pineal é capaz de captar campos eletromagnéticos não apenas desta dimensão, onde vivemos, que é a terceira, mas também de outras dimensões do Universo, acessando campos espirituais e sutis. Segundo a Teoria das Supercordas, da física quântica, existem ao menos 11 dimensões diferentes no Universo e é possível a comunicação entre elas. Em outras palavras: a pineal é capaz de detectar dimensões invisíveis aos olhos comuns, e esse pequeno radar está relacionado a fenômenos como clarividência (vidência de acontecimentos ainda não ocorridos), telepatia (comunicação por meio do pensamento) e capacidade de entrar em contato com outras dimensões (mediunidade).
Feito de cristal
Após analisar a composição da glândula pineal, detectou-se na sua estrutura cristais de apatita, mineral também encontrado na natureza sob a forma de pedras laminadas. Segundo as pesquisas, esse cristal capta campos eletromagnéticos. E o plano espiritual age por meio desses campos. A interferência divina sempre acontece obedecendo as leis da própria natureza. “Os médiuns, pessoas capazes de entrar em contato com outras dimensões espirituais, apresentam maior quantidade de cristais de apatita na pineal. Os iogues e místicos, que experimentam estados de meditação e êxtase profundos, têm menor quantidade. E ninguém pode aumentar ou diminuir essa concentração de cristais, ela é uma característica biológica, assim como a cor dos olhos e cabelos. A glândula é um receptor poderoso, mas quem decodifica as informações recebidas são outras áreas do cérebro, como o córtex frontal cerebral. Sem essa interação, as informações recebidas não são compreendidas. É por isso que os animais não podem decodificá-las: as outras partes do cérebro deles não têm esse atributo.
Onde mora a alma
No Ocidente, a importante função dessa glândula foi descrita no livro A Terceira Visão (ed. Nova Era), escrito por um inglês que adotou o pseudônimo de Lobsang Rampa. O filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) também se curvou ao fascínio da pineal. Na sua famosa Carte a Mersenne, escrita em 1640, ele afirmava que existe no cérebro uma glândula que é o local onde a alma se fixa mais intensamente. As religiões também consideram o terceiro olho como um centro de percepção espiritual.
Para os espíritas – As funções espirituais e psíquico-espirituais da pequena glândula eram consideradas pelo fundador do espiritismo, Allan Kardec (1804-1869), no século 19, e foram descritas no livro Missionários da Luz (ed. FEB), psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier (1910-2002) e publicado pela primeira vez em 1958. Segundo o livro, a melatonina, o hormônio segregado pela pineal, gera os impulsos para as experiências que promovem seu desenvolvimento espiritual.
Para os hindus – Na antiga tradição da Índia, dois chacras, ou centros de energia, são responsáveis pelo desenvolvimento da espiritualidade: o chacra do terceiro olho, que fica na testa, um pouco acima da linha das sobrancelhas, e o chacra coronário, no topo da cabeça. Esses dois centros, que captam e transmitem energia vital, dizem os indianos, revelam informações espirituais que influem em nossas ações e escolhas. O chacra do terceiro olho é responsável pela clarividência e pela criatividade. O centro coronário nos reabastece de energia cósmica e nos dá força espiritual. As cores relacionadas ao chacra que fica no alto da cabeça são o branco, o violeta e o dourado. Está ligado ao canal central de energia que passa pela coluna vertebral. Ele rege a glândula pineal, que, para os hindus, é o principal órgão do corpo. É a representação do céu dentro do homem e está associada às qualidades mais puras e elevadas que temos dentro de nós. Já o chacra do terceiro olho está ligado à tonalidade azul-índigo e à glândula pituitária, que também fica no cérebro. Ele influencia todas as formas de expressão, capacidade artística e intelectual.
Para os cristãos – Ela representa o Filho de Deus em nós, nossa consciência espiritual e amorosa, alimentada pela vontade divina que nos chega dos céus e o amor que vem do nosso coração. Ela é a única glândula do corpo diretamente ligada à Consciência Superior.
"A ciencia não se coloca como materialista. Isso é uma visão pessoal do pesquisador.
A Universidade deve pesquisar e estudar, todas as formas de pensamento.
O centro de uma universidade não pode estar baseado numa cultura materialista, sobretudo quando o povo que banca as universidades é de aculturamento espiritualista. É um contra senso. Afinal, que experimento provou o Materialismo?"
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira em sua palestra sobre Glândula Pineal numa Universidade brasileira. Recomendo principalmente a segunda parte:
O filme "Quem Somos Nós" obteve considerável sucesso para um documentário aparentemente despretensioso sobre Física Quântica, o problema é que grande parte dos cientistas ficou (na maioria das vezes com razão) ultrajado com a forma como a Ciência no filme virou, num passe de mágica, Pseudo-Ciência... De qualquer forma existem trechos interessantes e perfeitamente científicos, como essa animação que explica muito bem o Experimento de Fenda Dupla:
Enquanto de muitas outras passagens, não podemos "salvar" nada de realmente científico, embora de certa forma tenham conceitos espiritualistas interessantes, é preciso ser muito criterioso com o que afirmamos ser ciência e o que afirmamos ser religião ou filosofia espiritualista, senão não poderemos reclamar quando alguém resolve satirizar tais documentários:
Vídeos legendados pelo autor de O Dragão na Garagem, blog sobre ciências e ceticismo que consta em nossos links ao lado.
Em seu livro de 1859 , "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), Charles Darwin introduziu a idéia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural.
A Gênese, cap. X, publicado em 1868 :
"27. - Na classe dos mamíferos, o homem pertence à ordem dos bímanos. Logo abaixo dele vêm os quadrúmanos (animais de quatro mãos) ou macacos, alguns dos quais, como o orangotango, o chimpanzé, o jocó, têm certos ademanes do homem, a tal ponto que, por muito tempo, foram denominados: homens das florestas. Como o homem, esses macacos caminham eretos, usam cajados, constróem choças e levam à boca, com a mão, os alimentos: sinais característicos.
28. - Por pouco que se observe a escala dos seres vivos, do ponto de vista do organismo, é-se forçado a reconhecer que, desde o líquen até a árvore e desde o zoófito até o homem, há uma cadeia que se eleva gradativamente, sem solução de continuidade e cujos anéis todos têm um ponto de contacto com o anel precedente. Acompanhando-se passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior. Visto que são idênticas às dos outros corpos as condições do corpo do homem, química e constitucionalmente; visto que ele nasce, vive e morre da mesma maneira, também nas mesmas condições que os outros se há de ele ter formado.
29. - Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra. Aí está o inexorável argumento dos fatos, contra o qual seria inútil protestar.
Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro. o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. Vemos o limite extremo tio animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem."
Meu comentário:
A doutrina da evolução das espécies é, na sua parte comprovada (e física), peça fundamental do Espiritismo. Ocorre que o Espiritismo explica então a evolução moral e cognitiva pela parte espiritual, que teve essencialmente de passar por encarnações em diversas espécies dos reinos vegetal ao animal, até chegar ao Homo Sapiens.
Pois bem, pode-se supor que Kardec, conhecedor de ciências, tenha se apropriado rapidamente das idéias de Darwin e elaborado uma explicação surpreendente para a publicação da Gênese.
Mas, o que diriam se um livro que foi publicado ANTES do livro de Darwin trouxesse as sementes dessa idéia que até então não havia sido proposta sequer pela ciência?
Questões retiradas do Livro dos Espíritos, publicado em 1857 , 2 anos ANTES de Darwin expor sua Evolução ao mundo:
" 595. Os animais têm livre-arbítrio?
— Não são simples máquinas, como supondes (1)mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.
(1) Descartes ensinava que os animais são máquinas, agindo segundo as leis naturais, por não terem espírito. Essa concepção, que no tempo de Kardec era ainda bastante difundida, prevalece até hoje entre a maioria dos homens. Os Espíritos a contestam, como se vê, e a sua opinião é referenciada pelas Ciências. (N. do T.)"
"604. Os animais, mesmo aperfeiçoados nos mundos superiores, sendo sempre interiores aos homens, disso resultaria que Deus tivesse criado seres intelectuais perpetuamente votados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que se assinalam em todas as suas obras?
— Tudo se encadeia na Natureza por liames que não podeis ainda perceber , e as coisas aparentemente mais disparatadas têm pontos de contato que o homem jamais chegará a compreender no seu estado atual. Pode entrevê-los por um esforço de sua inteligência, mas somente quando essa inteligência tiver atingido todo o seu desenvolvimento e se libertado dos prejuízos do orgulho e da ignorância poderá ver claramente na obra de Deus. Até lá suas idéias limitadas lhe farão ver as coisas de um ponto de vista mesquinho. Sabei que Deus não pode contradizer-se e que tudo, na Natureza, se harmoniza através de leis gerais que jamais se afastam da sublime sabedoria do Criador."
"606 - a) A inteligência do homem e a dos animais emanam, portanto, de um princípio único?
— Sem nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.
607. Ficou dito que a alma do homem, em sua origem, assemelha-se ao estado de infância da vida corpórea, que a sua inteligência apenas desponta e que ela ensaia para a vida. (Ver item 190.) Onde cumpre o Espírito essa primeira fase?
— Numa série de existências que precedem o período que chamais de Humanidade. "
"609. O Espírito, tendo entrado no período da humanidade, conserva os traços do que havia sido precedentemente, ou seja, do estado em que se encontrava no período que se poderia chamar anti-humano(*)?
- Isso depende da distância que separa os dois períodos e do progresso realizado. Durante algumas gerações, ele pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, porque nada na Natureza se faz por transição brusca(1); há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia do seres e dos acontecimentos. Mas esses traços desaparecem com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Os primeiros progressos se realçam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade, mas seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire consciência mais perfeita de si mesmo."
Meu comentário:
(*) A nomenclatura tosca para algo que os espíritos não poderiam ainda divulgar, e que portanto os auxiliares de Kardec não conseguiam bem definir, mostra que, ao mesmo tempo:
1- Kardec e seus auxiliares não vislumbravam a Evolução de Darwin e tinham sérias dificuldades em compreender que o espírito humano veio sim do reino animal, onde evoluiu até formar consciência própria e poder encarnar em Homo Sapiens.
2- Os espíritos aparentemente sabiam que os que perguntavam estavam confusos, no entanto não poderiam trazer uma revelação que a humanidade estava prestes a descobrir por si mesma, seguindo uma lei clara de não interferência... Ou seja, é como o professor que não pode resolver a equação do aluno, ainda que ele esteja quase a resolvendo por si só .
3- Os espíritos estavam apenas esperando Darwin divulgar sua teoria ao mundo para explicar as coisas de forma mais elaborada, o que foi feito na Gênese... Ainda que possamos pensar, de forma cética, que Kardec apenas "intuiu" tudo isso por si mesmo, e antecedeu a Darwin mesmo sem bem saber, sem dúvida a explicação MENOS FANTÁSTICA é a de que consciências extra-corpo que coordenam a vida terrestre trouxeram a informação no momento oportuno, pois seguem regras bem estabelecidades de contato com os encarnados e do que podem e do que não podem ainda divulgar.
Eu vi o mundo dos homens,
E vi também o mundo espiritual.
Me perdoa Pai,
Pois não sei qual o mais bonito.
Andei pelas cavernas com fome,
Singrei mares e continentes,
Viajei sem saber até o infinito...
Cavalguei pelas batalhas sangrentas,
E nas diligências do velho oeste...
Hoje sigo sob edifícios e sinais,
Vendo o que sempre vi...
A beria das estradas
Estão os homens.
A beira das estrelas
Estão os seres de luz.
A beira da ilusão e da ignorânica,
Vão-se os seres perdidos
Do amor que clama desesperado
Por sua volta...
Ah Pai, como tu há de ser amado!
Como os passáros enjaulados
Esquecem de cantar,
Muitos de nós
Esquecem de viver...
Esquecem da coisa mais preciosa
De todo esse universo
De mundos de carne e de luz:
Aquele que lá do alto,
Do centro de cada coração,
Pai de todo amor,
Toda essa energia conduz...
raph'01
*
Quando escrevi essa poesia não achei-a nada demais, foi só com o tempo que passei a gostar dela, e a entendê-la melhor... De fato, nesse caso, fica sempre a dúvida se fui somente eu mesmo quem escrevi... Não quero com isso dizer que psicografo poesias, nada disso, quero dizer que é um mistério muito grande o processo, a forma como elas surgem, e a compreensão de onde elas realmente vêm.