Segue abaixo a transcrição da Carta Aberta de Papa Franciso ao Jornalista Eugenio Scalfari. A carta do Papa pretende ser uma resposta a duas cartas abertas que Scalfari escreveu a Francisco e publicou nos dias 7 de Julho e 7 de Agosto de 2013 no editorial do La Repubblica, jornal italiano do qual é fundador e colunista. Em ambas, Scalfari formula - como alguém que tem uma cultura iluminista e não procura a Deus - “perguntas de um não crente ao papa jesuíta chamado Francisco”. Pois “aqui e hoje não sou um jornalista - escreve Scalfari - sou um não crente que há anos está interessado e apaixonado pela pregação de Jesus de Nazaré, filho de Maria e de José [...]. Tenho uma cultura iluminista e não procuro a Deus. Acho que Deus seja uma invenção consoladora e ilusória da mente dos homens”.
A resposta de Francisco é surpreendente e praticamente inaugura um diálogo direto e profundo, até recentemente impensável, entre a Santa Sé e os ateus humanistas e moderados. A forma com que Francisco consegue acolher e responder as questões de Scalfari, sem pretender impor sua fé e muito menos condenar o ceticismo do jornalista, é certamente uma aula de embate de ideias, onde as pedras, longe de se chocarem e arrancarem lascas uma das outras, produzem faíscas luminosas e, quem sabe até, um fogo até então desconhecido...
Não irei comentar ao final do texto, como costumo fazer com textos de autores selecionados que trago a este blog, mas no entanto gostaria muito que lessem este trecho abaixo, de autoria do grande estudioso de mitologia do século passado, Joseph Campbell, que foi retirado do monumental O Poder do Mito. Após lerem o trecho, terão plenas condições de analisar o que diz o Papa Francisco de forma ainda mais profunda, até onde as palavras podem chegar:
Deus é um pensamento. Deus é uma idéia. Mas a sua referência é algo que transcende o pensamento. Ele existe além da existência... Além da categoria de ser ou não ser. Ele existe ou não? Nem existe, nem não existe. Qualquer deus, qualquer mitologia ou qualquer religião são verdadeiros nesse sentido... Assim como uma metáfora do mistério humano e cósmico. Quem pensa que sabe, não sabe. Quem sabe que não sabe, este sim, sabe.
Há uma velha história que ainda é válida. A história da busca. Da busca espiritual... Que serve para encontrar aquela coisa interior que você basicamente é. Todos os símbolos da mitologia se referem a você. Você renasceu? Você morreu para a sua natureza animal e voltou à vida como uma encarnação humana? Na sua mais profunda identidade, você é Deus. Você é um com o ser transcendental.
* * *
E finalmente, a carta de Francisco, na íntegra (retirada do vatican.va):
Vaticano, 4 de Setembro de 2013
Prezado Dr. Scalfari,
Com viva cordialidade
queria, através desta,
procurar, ainda que apenas
em linhas gerais, responder
à carta que houve por bem
dirigir-me, nas páginas do
jornal La Repubblica
de 7 de Julho, com uma série
de reflexões pessoais, que
haveria de desenvolver nas
páginas do mesmo jornal do
dia 7 de Agosto.
Começo por lhe agradecer
a solicitude que teve em ler
a Encíclica
Lumen
fidei. De facto, esta – na intenção do meu amado Predecessor, Bento XVI,
que a idealizou e em grande
parte redigiu e de quem a
herdei com imensa gratidão –
tem em vista não só
confirmar na fé em Jesus
Cristo aqueles que nela já
que se reconhecem, mas
também suscitar um diálogo
sincero e rigoroso com quem,
como o senhor, se define «um
não-crente há muitos anos
interessado e fascinado pela
pregação de Jesus de
Nazaré».
Parece-me, pois, muito
positivo, tanto para nós
individualmente como para a
sociedade em que vivemos,
determo-nos a dialogar sobre
uma realidade tão importante
como é a fé, que faz apelo à
pregação e à figura de
Jesus.
Em particular, penso que
há hoje duas circunstâncias
que tornam obrigatório e
precioso este diálogo. Aliás
o mesmo constitui – como se
sabe – um dos objectivos
principais do Concílio
Vaticano II, querido por
João XXIII, e do ministério
dos Papas, que desde então
até aos nossos dias – cada
um com a própria
sensibilidade e contribuição
– têm caminhado pelo sulco
traçado pelo referido
Concílio.
A primeira circunstância
– como lembram as páginas
iniciais da Encíclica –
decorre do facto de, ao
longo dos séculos da
modernidade, se ter
assistido a um paradoxo: a
fé cristã, cuja novidade e
incidência na vida do homem
foram expressas, desde o
início, precisamente através
do símbolo da luz, tem sido
muitas vezes rotulada como a
obscuridade da superstição,
que se opõe à luz da razão.
E assim se chegou à
incomunicabilidade entre a
Igreja e a cultura de
inspiração cristã, por um
lado, e a cultura moderna de
traça iluminista, por outro.
Chegou o tempo – o próprio
Vaticano II inaugurou a
estação – de um diálogo
aberto e sem preconceitos,
que reabra as portas para um
encontro sério e fecundo.
A segunda circunstância,
para quem procura ser fiel
ao dom de seguir Jesus na
luz da fé, decorre do facto
de este diálogo não
constituir um acessório
secundário da existência do
crente; antes, pelo
contrário, é sua expressão
íntima e indispensável. A
este respeito, deixe-me
citar-lhe uma declaração, na
minha opinião muito
importante, da Encíclica:
dado que a verdade
testemunhada pela fé é a do
amor – como lá se sublinha –
«resulta claramente que a fé
não é intransigente, mas
cresce na convivência que
respeita o outro. O crente
não é arrogante; pelo
contrário, a verdade torna-o
humilde, sabendo que, mais
do que possuirmo-la nós, é
ela que nos abraça e possui.
Longe de nos endurecer, a
segurança da fé põe-nos a
caminho e torna possível o
testemunho e o diálogo com
todos» (n. 34). Este é o
espírito que me anima nas
palavras que lhe escrevo.
A fé, para mim, nasceu do
encontro com Jesus: um
encontro pessoal, que tocou
o meu coração e deu uma
direcção e um sentido novo à
minha existência; mas, ao
mesmo tempo, um encontro que
se tornou possível pela
comunidade de fé em que vivi
e graças à qual encontrei o
acesso ao entendimento da
Sagrada Escritura, à vida
nova que flui, como jorros
de água, de Jesus através
dos sacramentos, à
fraternidade com todos e ao
serviço dos pobres,
verdadeira imagem do Senhor.
Sem a Igreja – creia-me! –,
eu não teria podido
encontrar Jesus, embora
ciente de que este dom
imenso da fé está guardado
em frágeis vasos de barro
que é a nossa humanidade.
Ora, é precisamente a
partir desta experiência
pessoal de fé vivida na
Igreja que me sinto à
vontade para perscrutar as
suas perguntas e procurar,
juntamente com o senhor, as
estradas ao longo das quais
possamos talvez começar a
fazer um pedaço de caminho
juntos.
Desculpe, se não sigo
passo a passo as
argumentações que propôs no
editorial de 7 de Julho.
Parece-me mais frutuoso – ou
pelo menos está mais de
acordo com o meu génio – ir
de certo modo ao coração das
suas considerações. Não
entro sequer na modalidade
de exposição que segue a
Encíclica e na qual o senhor
entrevê a falta duma secção
dedicada especificamente à
experiência histórica de
Jesus de Nazaré.
Para começar, limito-me a
observar que uma tal análise
não é secundária. Trata-se
efectivamente – seguindo
aliás a lógica que guia o
desenrolar da Encíclica – de
deter a atenção sobre o
significado daquilo que
Jesus disse e fez e assim,
em última instância, sobre
aquilo que Jesus foi e é
para nós. De facto, as
Cartas de Paulo e o
Evangelho de João,
especialmente referidos na
Encíclica, estão construídos
sobre o sólido fundamento do
ministério messiânico de
Jesus de Nazaré, cuja
resolução chega ao seu auge
na páscoa de morte e
ressurreição.
Por isso, é preciso
confrontar-se com Jesus –
diria – na dimensão concreta
e tosca da sua história, tal
como nos é narrada sobretudo
pelo mais antigo dos
Evangelhos, o de Marcos. Aí
se constata que o
«escândalo», que as palavras
e a actividade de Jesus
provocam ao seu redor,
deriva da sua extraordinária
«autoridade» – termo este,
atestado já desde o
Evangelho de Marcos mas que
não é fácil de traduzir em
italiano. A palavra grega é
exousia, que
literalmente se refere
àquilo que «provém do ser»
que se é. Trata-se portanto,
não de algo exterior ou
forçado, mas de algo que
brota de dentro e se impõe
por si mesmo. Realmente
Jesus impressiona,
desinstala, reforma a partir
– Ele mesmo o disse – da sua
relação com Deus, que trata
familiarmente por Abbá,
o qual Lhe confere esta
«autoridade» para que Ele a
aplique a favor dos homens.
Assim, Jesus prega «como
alguém que tem autoridade»,
cura, chama os discípulos
para O seguirem, perdoa...
Todas estas coisas, no
Antigo Testamento, são
prerrogativa de Deus, e só
Deus. A pergunta, que mais
vezes reaparece no Evangelho
de Marcos – «Quem é este
que... ?» – e que diz
respeito à identidade de
Jesus, nasce da constatação
de uma autoridade diferente
da do mundo, uma autoridade
que não tem como finalidade
exercer um poder sobre os
outros mas servi-los,
dar-lhes liberdade e
plenitude de vida. E isto
até ao ponto de arriscar a
sua própria vida, até
experimentar a
incompreensão, a traição, a
rejeição, até ser condenado
à morte, até cair no estado
de abandono na cruz. Mas
Jesus permanece fiel a Deus
até ao fim.
E é precisamente então –
como exclama o centurião
romano ao pé da cruz, no
Evangelho de Marcos – que,
paradoxalmente, Jesus Se
mostra como o Filho de Deus!
Filho de um Deus que é amor
e que quer, com todo o seu
ser, que o homem, todo o
homem, se descubra e viva,
também ele, como seu
verdadeiro filho. Para a fé
cristã, isto é certificado
pelo facto de que Jesus
ressuscitou: não para
triunfar sobre aqueles que O
rejeitaram, mas para atestar
que o amor de Deus é mais
forte do que a morte, o
perdão de Deus é mais forte
do que todo o pecado, e que
vale a pena gastar a própria
vida, até ao fim, para
testemunhar este dom imenso.
A fé cristã acredita
nisto: Jesus é o Filho de
Deus que veio dar a sua vida
para abrir a todos o caminho
do amor. Por isso, ilustre
Dr. Scalfari, tem razão
quando vê, na encarnação do
Filho de Deus, o perno da fé
cristã. Já Tertuliano
escrevia: «caro cardo
salutis – a carne [de
Cristo] é o perno da
salvação». É que a
encarnação, ou seja, o facto
de o Filho de Deus ter
tomado a nossa carne e
compartilhado alegrias e
sofrimentos, vitórias e
derrotas da nossa existência
até ao grito da cruz,
vivendo tudo no amor e na
fidelidade ao Abbá,
testemunha o amor incrível
que Deus tem por cada homem,
o valor inestimável que lhe
reconhece. Por isso, cada um
de nós é chamado a assumir o
olhar e a opção de amor de
Jesus, a entrar no seu modo
de ser, pensar e agir. Esta
é a fé, com todas as suas
expressões que são descritas
concretamente na Encíclica.
* * *
Além disso, no mesmo
editorial de 7 de Julho, o
senhor pergunta-me como
entender esta originalidade
da fé cristã, assente
precisamente na encarnação
do Filho de Deus, face a
outras crenças que por sua
vez gravitam em torno da
transcendência absoluta de
Deus.
Eu diria que a sua
originalidade está
precisamente no facto de que
a fé nos faz participar, em
Jesus, na relação que Ele
mesmo tem com Deus que é
Abbá e, nesta luz,
participar na relação que
Ele tem com todos os outros
homens, incluindo os
inimigos, sob o signo do
amor. Por outras palavras, a
filiação de Jesus, como
no-la apresenta a fé cristã,
não é revelada para marcar
uma separação intransponível
entre Jesus e todos os
outros, mas para nos dizer
que, n’Ele, todos somos
chamados a ser filhos do
único Pai e irmãos entre
nós. A singularidade de
Jesus visa a comunicação,
não a exclusão.
Claro, daqui segue-se
também – e não é pouco – a
distinção entre a esfera
religiosa e a esfera
política, que está
sancionada no «dar a Deus o
que é de Deus e a César o
que é de César", afirmada
com nitidez por Jesus e
sobre a qual,
laboriosamente, se construiu
a história do Ocidente. De
facto, a Igreja é chamada a
semear o fermento e o sal do
Evangelho, ou seja, o amor e
a misericórdia de Deus que
envolvem todos os homens,
apontando para a meta
escatológica e definitiva do
nosso destino, enquanto à
sociedade civil e política
cabe a árdua tarefa de
articular e encarnar na
justiça e na solidariedade,
no direito e na paz, uma
vida cada vez mais humana.
Para quem vive a fé cristã,
isto não significa fuga do
mundo nem vontade de
qualquer hegemonia, mas
serviço ao homem, ao homem
todo e a todos os homens, a
partir das periferias da
história e mantendo desperto
o sentido da esperança que
impele a realizar o bem em
todas as circunstâncias e
com o olhar sempre fixo no
além.
Na conclusão de seu
primeiro artigo, o senhor
pergunta-me ainda o que
dizer aos irmãos judeus
sobre a promessa que Deus
lhes fez: terá ela caído
completamente no vazio?
Trata-se de uma questão –
pode crer – que nos
interpela radicalmente como
cristãos, porque, com a
ajuda de Deus, sobretudo a
partir do Concílio Vaticano
II redescobrimos que o povo
judeu continua a ser, para
nós, a raiz santa donde
germinou Jesus. Na amizade
que cultivei durante todos
estes anos com os irmãos
judeus, na Argentina, também
eu muitas vezes questionei a
Deus na oração,
especialmente quando a mente
se detinha na recordação da
experiência terrível do
Holocausto. O que lhe posso
dizer – com palavras do
apóstolo Paulo – é que nunca
esmoreceu a fidelidade de
Deus à aliança estabelecida
com Israel e que, através
das terríveis provações
destes séculos, os judeus
conservaram a sua fé em
Deus. E nunca lhes
agradeceremos
suficientemente por isso,
não só como Igreja, mas
também como humanidade. Além
disso, perseverando eles
precisamente na sua fé no
Deus da aliança, lembram a
todos, inclusive a nós
cristãos, o facto de que
permanecemos, como
peregrinos, à espera do
regresso do Senhor e, por
conseguinte, devemos
manter-nos sempre abertos a
Ele, sem nos fecharmos
jamais no que já
conseguimos.
E assim chego às três
perguntas que me coloca no
artigo de 7 de Agosto.
Parece-me que, nas duas
primeiras, aquilo que lhe
está a peito é entender a
atitude da Igreja com quem
não partilha a fé em Jesus.
Antes de mais nada,
pergunta-me se o Deus dos
cristãos perdoa a quem não
acredita nem procura
acreditar. Admitido como
dado fundamental que a
misericórdia de Deus não tem
limites quando alguém se Lhe
dirige com coração sincero e
contrito, para quem não crê
em Deus a questão está em
obedecer à própria
consciência: acontece o
pecado, mesmo para aqueles
que não têm fé, quando se
vai contra a consciência. De
fato, ouvir e obedecer a
esta significa decidir-se
diante do que é percebido
como bem ou como mal; e é
sobre esta decisão que se
joga a bondade ou a maldade
das nossas acções.
Em segundo lugar, o
senhor pergunta-me se é um
erro ou um pecado pensar que
não existe nada absoluto e,
consequentemente, também não
há uma verdade absoluta mas
apenas uma série de verdades
relativas e subjectivas.
Para começar, eu não falaria
– nem mesmo para aqueles que
acreditam – de verdade
«absoluta» dando ao termo
absoluto o sentido daquilo
que está desligado, que
carece de qualquer relação,
porque a verdade, segundo a
fé cristã, é o amor de Deus
por nós em Jesus Cristo.
Portanto, a verdade é uma
relação! E tanto é assim,
que cada um de nós capta a
verdade e exprime-a a partir
de si mesmo: da sua história
e cultura, da situação em
que vive, etc. Isto não quer
dizer que a verdade seja
variável e subjectiva. Longe
disso! Significa, sim, que
ela se nos dá sempre e só
como um caminho e uma vida.
Porventura não disse o
próprio Jesus: «Eu sou o
caminho, a verdade e a
vida»? Por outras palavras,
sendo a verdade, em última
análise, uma só coisa com o
amor, requer a humildade e a
abertura para ser buscada,
acolhida e expressa.
Concluindo, é preciso
entendermo-nos bem sobre os
termos e, para sair dos
estrangulamentos duma
contraposição... absoluta,
talvez seja necessário
reformular em profundidade a
questão. Penso que isto seja
hoje absolutamente
necessário para se
estabelecer aquele diálogo
sereno e construtivo que eu
almejava ao início deste meu
texto.
Na última questão,
pergunta-me se, com o
desaparecimento do homem da
terra, desaparecerá também o
pensamento capaz de pensar
Deus. É certo que a grandeza
do homem está em ser capaz
de pensar Deus, isto é, em
poder viver uma relação
consciente e responsável com
Ele. Mas, a relação é entre
duas realidades. Deus – tal
é o meu pensamento e a minha
experiência, mas são muitos
os que, ontem e hoje, os
compartilham! - não é uma
ideia, ainda que muito
elevada, fruto do pensamento
do homem; Deus é realidade
com o «R» maiúsculo. Jesus
no-Lo revela – e vive em
relação com Ele – como um
Pai de bondade e
misericórdia infinitas. Por
isso, Deus não depende do
nosso pensamento. Aliás,
mesmo quando acabar a vida
do homem sobre a terra – e,
segundo a fé cristã, este
mundo tal como o conhecemos
está destinado em todo o
caso a perecer –, não
deixará de existir o homem;
e com ele, de um modo que
ignoramos, o próprio
universo também não. A
Escritura fala de «um novo
céu e uma nova terra» e
afirma que, no final – num
onde e quando que nos
ultrapassam mas para os
quais, na fé, tendemos com
desejo e expectativa – Deus
será «tudo em todos».
E assim concluo, ilustre
Dr. Scalfari, estas minhas
reflexões, suscitadas por
tudo o que me quis comunicar
e perguntar. Receba-as como
uma tentativa de resposta,
provisória mas sincera e
confiante, ao convite que
vislumbrei para fazermos um
pedaço de estrada juntos. A
Igreja – creia-me! – apesar
de todas as lentidões,
infidelidades, erros e
pecados que possa ter
cometido e pode ainda
cometer nos que a compõem,
não tem outro sentido e
finalidade que não seja
viver e testemunhar Jesus:
Ele, que foi enviado pelo
Abbá para «anunciar a
Boa-Nova aos pobres,
proclamar a libertação aos
cativos e, aos cegos, a
recuperação da vista, mandar
em liberdade os oprimidos,
proclamar um ano favorável
da parte do Senhor» (Lc
4,18-19 ).
Com fraterna amizade,
Franciscus PP.
* * *
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